A mobilização por direitos dos trabalhadores com resultados efetivos só é possível se resultar da participação de sua base.
O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (SIFUSPESP) iniciou suas visitas pelas unidades prisionais do Estado com a campanha “Diálogo com a Base”. O objetivo das visitas é ouvir o trabalhador penitenciários em suas necessidades e aproximar o sindicato da base. Além de convocar os trabalhadores para a Assembleia Geral da Campanha Salarial.
O complexo Campinas/Hortolândia, as Penitenciárias II e III de Lavínia, CDP de Jundiaí, Marabá Paulista, foram as unidades prisionais visitadas desde a segunda quinzena de janeiro. O trabalho segue em continuidade.
“O sindicato está visitando as bases para buscar a união necessária para o enfrentamento. Essas primeiras visitas foram importantes porque os funcionários interagiram, tiraram dúvidas conosco e também trouxeram ideias que já puderam ser agregadas às nossas estratégias. Estaremos expondo o que colhemos na nossa Assembleia Geral. A campanha por um salário digno para os trabalhadores prisionais não é apenas uma prioridade do sindicato, mas um clamor da categoria”, afirmou Fabio Cesar Ferreira, o Fábio Jabá, presidente do SIFUSPESP
Campanha Salarial
Esta semana o SIFUSPESP estaremos presente na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) propondo aos deputados emendas para que a Projeto de Lei Complementar 01/2018, referente aos 3,5% de reajuste salarial.
No olhar do SIFUSPESP, a proposta de reajuste nos salários dos funcionários públicos paulistas enviada pelo governador Geraldo Alckmin(PSDB) à Assembleia Legislativa é insuficiente para fazer suprir direitos básicos do trabalhador penitenciário, que está há quase quatro anos sem reajuste e perdeu com a inflação desse período quase 30% de seu poder de compra. Também é evidente que o sistema prisional paulista clama por melhorias de condições de trabalho nos diferentes setores de trabalho.
“Sabemos que o reajuste está defasado e é de certa forma vergonhoso, já que estamos há 4 anos sem a reposição que nos caberia por direito seguindo a inflação. Precisamos lutar para que este PLC não seja tão ínfimo e que pelo menos equipare-se ao que será dado à classe da educação”, diz, Jabá.
Com a justificativa de falta de recursos, o governo do Estado não garante neste PLC que os salários dos trabalhadores receberão as perdas dos últimos quatro anos, recuperadas.
O servidor público segue com grande defasagem salarial, perde a cada dia poder de compra para sua subsistência. Entre julho de 2014, data do último reajuste concedido aos funcionários do sistema prisional, e novembro de 2017, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) que é calculado pelo IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) acumulou alta de 23,66%. Diferença gritante comparada ao com o percentual oferecido.
Participe
Participe dessa campanha ao nosso lado para que todos os trabalhadores do sistema prisional possam organizar-se de forma a gerar um movimento com força suficiente para obter melhorias nas condições de trabalho, melhores condições de assistência à saúde e um reajuste realmente de acordo com suas necessidades, considerando a reposição de todas as perdas dos últimos anos. Acompanhe as notícias sobre a visita à sua unidade! Mande sugestões! O Sindicato somos todos nós unidos e organizados!