Comissão vai se reunir com Secretário do Planejamento e Gestão nesta terça para exigir mais investimentos no instituto, onde, por mês, cerca de 100 procedimentos têm sido adiados
A Comissão Consultiva Mista(CCM) do Instituto de Atendimento Médico do Servidor Público Estadual(IAMSPE) se reuniu na última quinta-feira, 18/01, para definir as estratégias de cobrança junto ao governo do Estado de São Paulo devido à série de consultas, exames e cirurgias eletivas que vêm sendo desmarcadas por parte dos hospitais e clínicas que possuem convênios com o instituto.
De acordo com levantamento feito pela CCM, em 2017 aconteceram em média 100 remarcações de cirurgias via IAMSPE por mês. Na próxima terça-feira, 23/01, representantes da Comissão vão se reunir com o Secretário Estadual de Planejamento e Gestão, Marcos Monteiro, para exigir explicações sobre a falta de investimentos na saúde do servidor.
A ausência de recursos têm sido uma das justificativas utilizada pelo Estado para reagendar os procedimentos.
Reunião explica prejuízos dos adiamentos para os servidores
Durante o encontro da CCM, ocorrido no Hospital do Servidor Público Estadual, em São Paulo, os servidores relataram diversos casos de remarcações de procedimentos que vêm prejudicando muito os tratamentos de saúde aos quais funcionários públicos estaduais e seus familiares estão submetidos.
O diretor de Saúde do SIFUSPESP e representante do sindicato na CCM, Luiz da Silva Filho, o Danone, relatou que algumas operações têm sido adiadas “por falta de material cirúrgico”, e que há inclusive pacientes em estado grave, alguns deles vítimas de câncer, que têm tido exames adiados. “Essas pessoas têm passado por situações muito difíceis devido ao descaso do governo com o instituto”, informa.
Na reunião, Danone voltou a criticar a omissão do governo Geraldo Alckmin(PSDB) por não repassar ao IAMSPE a contrapartida financeira do Estado que poderia colaborar para uma considerável melhoria nos serviços do instituto.
O orçamento do Estado para 2018 prevê que o IAMSPE terá disponíveis R$1,216 bilhão, sendo que a maior parte desse total, ou seja R$950 milhões, virá dos valores obtidos a partir dos 2% descontados todos os meses dos salários dos servidores públicos. A previsão é que o governo estadual repasse ao instituto apenas R$6 milhões em 2018.
“Assistir à falta de compromisso do governo em arcar com essa contrapartida é revoltante. São mais de R$250 milhões estipulados no orçamento que por enquanto não sabemos de onde virão. Por isso a CCM continuará lutando para que os direitos dos servidores sejam preservados e esses investimentos sejam feitos para a saúde de todos”, garantiu Danone.