A fuga ocorrida no último dia 14 na Penitenciária "Odete Leite de Campos Critter" em Hortolândia poderia ter sido evitada se na unidade prisional os postos de trabalho estivessem sendo ocupados por agentes.  

O coordenador da regional de Campinas  e também funcionário da unidade, José Edgar Machado, colheu informação com os funcionários de plantão. Os agentes teriam dito que o posto chamado “Passadiço” foi desativado por falta de funcionários. "O posto é um local estratégico, onde o funcionário tem uma visão de todo o pavilhão habitacional. Foi exatamente por ele que o detento conseguiu fugir", informa o Coordenador.

Há diversas câmeras de vigilância espalhadas na unidade, o que tornou possível gravar a momento em que o detento fugiu. As filmagens comprovam que, se houvesse um agente presente no Passadiço, a fuga com certeza teria sido evitada. "Aliás, as câmeras de vigilância foram uma das reclamações dos funcionários que não quiseram ter os nomes divulgados", disse Edgar, que completa; "Os monitores estão com o diretor geral, o diretor de disciplina e com o diretor de núcleo mas, segundo os relatos,  nenhum funcionário os observa".
Na estrutura da Penitenciária existem 4 torres onde 3 delas estavam desativadas no momento da fuga. De acordo com relatos, os AEVP`s que deveriam ficar nas torres, estavam escalados na sub-portaria para ajudar no recebimento de presos que voltavam da saída temporária. "Alguns AEVP`s nos procuraram para rebater informações de outro site que havia publicado que AEVP's estariam dormindo ou jogando bilhar no momento da fuga", disse Edgar Machado.

SIFUSPESP na luta

A Penitenciária – II de Hortolândia já foi motivo de denúncias do SIFUSPESP com o antigo coordenador, pois a falta de funcionários é grande na unidade e com isso alguns postos tem que ser desativados, no turno da noite o plantão já teve que ser tocado com 6 agentes para mais de 1.700 presos.

O Presidente do SIFUSPESP João Rinaldo Machado irá se reunir com o Coordenador da Região Central do Estado, Jean Ulisses Campos Carlucci, para ver como podem corrigir as falhas na unidade.