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Terminou no início da tarde desta terça-feira, 12/07, após quase 20 horas, a rebelião que havia sido iniciada ontem na P2 de Hortolândia, na Região de Campinas.

Os presos mantiveram reféns três agentes de segurança penitenciária(ASPs) durante o motim. Os servidores foram liberados sem ferimentos após negociação entre os detentos e representantes da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP).

No total, quatro raios da unidade foram destruídos durante a rebelião. Foi a segunda rebelião no Estado em menos de dois meses. Em 26 de maio, dois detentos foram mortos por outros presos e um ASP foi mantido sob o poder dos sentenciados.

O presidente do SIFUSPESP, João Rinaldo Machado, esteve no local e destacou que os funcionários mantidos reféns ficaram "profundamente abalados com o ocorrido". "O SIFUSPESP mantém o apoio incondicional aos ASPs nesse momento de grande dificuldade pelo qual eles passaram", destacou.

A superlotação do Complexo Penitenciário assusta. A P2 de Hortolândia abriga atualmente 1900 presos e tem capacidade para apenas 855.

Na opinião do presidente do SIFUSPESP, um dos grandes problemas enfrentados em Hortolândia e na grande maioria das unidades do Estado é o déficit de funcionários, que chega a 15 mil, número admitido pela própria SAP. "O baixo número de agentes aumenta a insegurança da unidade e faz com que os funcionários fiquem à mercê dos detentos, o que coloca em risco sua integridade física e psicológica", explicou.

A automação da unidade, que pode ser uma das formas de minimizar a ocorrência de novas rebeliões e agressões de funcionários, ainda não saiu do papel.

 

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