Desde 13 de novembro, com a aprovação em assembleia geral, os servidores do sistema prisional do estado de São Paulo encontram-se em estado de greve. Na ocasião foi aprovada também a formação de comissões de greve – uma em cada unidade prisional – com a missão de mobilizar todos os servidores e coordenar as ações deliberadas pela comissão estadual para, enfim, os servidores entrarem em greve como resposta ao governo que ainda não negociou com a categoria e nem atendeu às reivindicações da campanha salarial.
Os diretores do sindicato já estão realizando visitas a unidades prisionais para conversar com os funcionários sobre a importância das comissões e orientar sobre a formação das mesmas. “Esclarecemos as dúvidas e incentivamos o pessoal a aderir à mobilização participando das comissões locais. É muito importante termos uma comissão por unidade, porque assim estaremos completamente organizados, e poderemos saber com mais precisão o momento certo para deflagrar a greve já que o governo não atende às nossas reivindicações. E esse momento vai acontecer quando a maioria dos trabalhadores do sistema estiver consciente e disposta a paralisar as atividades”, comenta o Diretor de Formação Sindical do SIFUSPESP Fábio Jabá.
É importante esclarecer que os integrantes das comissões devem se inscrever voluntariamente. “Percebemos que alguns funcionários estão esperando que o sindicato chegue em sua unidade e escolha os integrantes da comissão. Não é assim que funciona. O sindicato vai dar assistência, esclarecer dúvidas, formalizar as comissões, mas é preciso que os funcionários se mobilizem nesse sentido independente da visita do dirigente sindical, que formem suas comissões. Não é hora de ficar acomodado. O sindicato não faz sozinho uma greve; quem faz greve são os trabalhadores com toda a estrutura e apoio do sindicato”, lembra Fábio Jabá.
As principais orientações para a formação das comissões são as seguintes:
1 - As comissões de greve deverão ser formadas por ASPs, AEVPs, técnicos da saúde e pessoal de apoio. No caso dos agentes, o ideal é haver representantes de mais de um turno de trabalho.
2 - Mínimo de 5 integrantes, máximo de 10 integrantes.
3 - Após a deliberação dos nomes dos componentes da comissão de greve, deverá ser feita uma reunião com data agendada. Esta reunião deverá ser comunicada à Secretaria Geral do SIFUSPESP e deverá ter ata com o nome dos componentes da comissão e assinatura de todos os participantes. Posteriormente esta ata precisa ser encaminhada à Regional onde pertence a unidade prisional.
4 – Os integrantes da comissão deverão eleger um coordenador da comissão.
5 – Deverão ser divulgados na unidade, em quadro de aviso, os nomes dos componentes da comissão para conhecimento de todos os funcionários da unidade prisional.
6 – A montagem das comissões e sua regularização devem ser acompanhadas pelos Coordenadores Regionais do SIFUSPESP, responsáveis diretos também por esclarecer dúvidas e prestar assistência.
SERVIDORES DO SISTEMA PRISIONAL NA LUTA PELA VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL!