Nenhum artefato explosivo foi encontrado ontem pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) e agentes do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), na vistoria realizada nas áreas externas da Penitenciária de Valparaíso. A notícia é um alívio para os servidores, que estão tensos desde a última terça, quando um artefato explodiu sobre o ASP Paulo de Tarso – que se recupera do acidente e da cirurgia na Santa Casa de Araçatuba.
Foram vistoriados ontem os quatro pavilhões da unidade, mas as celas só serão fiscalizadas hoje. Riomar Evangelista, Coordenador do SIFUSPESP em Mirandópolis, acompanhou a operação e informou que nenhum material suspeito foi encontrado nessa área externa durante a vistoria que durou cerca de 7 horas. “Só encontraram drogas e um celular”, disse.
“O GATE e o GIR cumpriram seu papel. Agora os agentes voltam a trabalhar com um pouco mais de tranquilidade após a eliminação desse risco de explosão. Cada um vai trabalhar na sua função e agora a função dos agentes é revistar o interior das celas", disse o sindicalista.
Enquanto isso, Paulo de Tarso, o agente de segurança penitenciária que foi atingido pela explosão, continua internado na Santa Casa de Araçatuba em recuperação. O diretor do SIFUSPESP Fábio Jabá esteve com ele na quarta-feira passada. Além das queimaduras pelo corpo e da cirurgia feita para sanar o ferimento no abdome, Paulo de Tarso ainda corria o risco de adquirir alguma infecção. Ele agradeceu ao sindicato e aos colegas pelo apoio e orações.
ENTENDA O CASO
Era início da manhã da terça-feira passada quando os agentes da Penitenciária de Valparaíso iniciaram uma inspeção baseada numa denúncia de que presos haviam escondido drogas nas traves de gol. Na primeira trave foi encontrado pólvora. Na segunda trave aconteceu a explosão.
Paulo de Tarso foi socorrido para a Santa Casa de Araçatuba e passou por cirurgia na mesma manhã, pois a explosão abriu seu abdome. Os médicos encontraram e retiraram do corpo do agente um fragmento metálico de cerca de 4 centímetros.
Logo após o acidente, funcionários da Penitenciária de Valparaíso se reuniram, com presença de representantes do SIFUSPESP, e decidiram reivindicar uma vistoria detalhada do GATE na unidade, para eliminar a possibilidade de novos artefatos explosivos. No dia seguinte, no entanto, foram surpreendidos com a negativa do GATE. Diante disso, paralisaram as atividades que só foram retomadas ontem após o trabalho feito pelo grupo especial antibombas.