O governador Geraldo Alckmin anunciou hoje um reajuste de 6% para os agentes penitenciários. O projeto de lei do reajuste segue nesta quarta-feira para a Assembleia Legislativa e passará a vigorar em 1º de agosto, segundo o anúncio. O percentual de reajuste foi estipulado pelo governo à revelia do sindicato e da pauta da campanha salarial da categoria. A promessa feita pelo governo em março, de negociar esse reajuste, não foi cumprida: não houve negociação.
O reajuste também contempla as polícias Civil, Militar, Técnico-Científica. Para os policiais militares, o índice de reajuste foi um pouco superior às demais categorias (8% de reajuste) e incluiu o aumento do teto do auxílio-alimentação.
O anúncio não foi bem recebido pelos representantes das categorias contempladas. O Presidente do SIFUSPESP, João Rinaldo Machado, destacou que o governo agiu mais uma vez com a arrogância e prepotência de quem não dialoga com trabalhadores e seus representantes. “Não participamos de nenhuma discussão sobre índice de reajuste salarial. Mais uma vez o governador atropela o processo legítimo, democrático e constitucional de negociação trabalhista”, declarou o Presidente.
Na imprensa, o coronel Roberto Allegretti, representante da Cerpm (Coordenadoria das Entidades Representativas dos Policiais Militares do Estado de São Paulo) declarou que “A defasagem era tão grande nos últimos 20 anos que mesmo com esse ganho real, em torno de 27%, o salário ainda está muito baixo em comparação com o salário de policiais de outros Estados. Não houve uma recuperação real pela defasagem histórica”.