Uma agente de segurança penitenciária que trabalha na Penitenciária Feminina de Campinas foi agredida no final de plantão na última quarta-feira. Segundo a agente, por volta das 16:40 uma detenta teria derrubado ela no chão e dado vários chutes, principalmente na cabeça, até que outras agentes chegassem para socorrê-la.

As funcionárias acreditam que esse ataque pode ter sido uma retaliação, já que no plantão anterior em uma blitz foram localizados vários aparelhos de celular dentro de um aparelho de TV, e a agente agredida participou dessa blitz.

O Diretor do SIFUSPESP José Carlos, que trabalha na PF de Campinas, fez o acompanhamento das ações da direção da unidade para garantir que fossem adotados todos os procedimentos necessários, como o atendimento médico da agente, boletim de ocorrência, NAT, corpo de delito, blitz e punição da detenta.

O Presidente João Rinaldo Machado e o Coordenador da Regional Campinas José Edgar Machado estiveram na unidade prisional. Lá, conversaram com a agente agredida e colocaram o sindicato à disposição. Em seguida, conversaram com alguns agentes dentro da unidade e também com alguns componentes do CIR, que apoiavam a blitz realizada na unidade.

DIREÇÃO DA UNIDADE NÃO ATENDE O SINDICATO

Infelizmente ninguém da direção da unidade prisional atendeu aos representantes do sindicato, apesar da portaria avisar várias vezes da presença dos sindicalistas.

“Parecia até que estavam escondendo alguma coisa. Da portaria víamos a sala da diretora, ela nos olhava de lá, mas não nos recebeu”, conta José Edgar.

“Saímos de lá e liguei para o coordenador da CRC Jean Ulisses Carlucci, que nos atendeu prontamente. Queríamos a resposta sobre se haveria visita no final de semana. O coordenador nos garantiu que a festa de Páscoa que estava marcada para acontecer na unidade havia sido suspensa, assim como a visita no final de semana.

O SIFUSPESP irá fazer uma reclamação formal na Secretaria da Administração Penitenciária, pois a presença do sindicato nas unidades prisionais é imprescindível. Esse foi o segundo caso de diretor de unidade impedindo a atuação do sindicato dentro de unidades ocorridos na mesma semana – o outro caso aconteceu em Mogi das Cruzes.