O Ato Público da categoria, que vai acontecer nesta sexta-feira (6), já está incomodando o governo. Tanto que o governo já está usando de seus asseclas para espalhar uma série de boatos nas unidades prisionais paulistas, na tentativa de que os servidores acreditem que “está tudo resolvido” e não compareçam ao ato. Atenção, servidores do sistema prisional paulista: não deem ouvidos para esses boatos.
O ato da categoria vai além das promessas que estão sendo espalhadas nas unidades. Já recebemos informação de que estão espalhando que o governador vai dar aumento salarial para os servidores do sistema no dia 6. Já soubemos que, em algumas unidades, estão dizendo que o governo vai reduzir o número de classes dos agentes no dia 6. Coincidentemente (?) todas as promessas, segundo esses boatos, seriam cumpridas no dia 6 – mesmo dia do ato público.
O esforço de desmobilizar a categoria é evidente. Por outro lado, mostra que a categoria está certa em se mobilizar – se apenas com o anúncio do ato o governo já estaria tão preocupado a ponto de aumentar salário (o que duvidamos, mas torcemos que seja verdade) e reduzir o número de classes dos agentes (novamente: duvidamos, mas torcemos para que seja verdade), imagine o que fará depois de ver, com seus próprios olhos, que a categoria está mobilizada, unida e disposta a reivindicar o que tem por direito.
Vamos considerar que alguma dessas notícias (do aumento e da redução de classes) seja verdadeira. Mesmo assim, o ato público deverá acontecer da mesma forma. Isso porque o ato reivindica muito mais.
Primeiro: o ato é de todos os servidores do sistema prisional paulista, e não só dos agentes.
Segundo: estamos reivindicando aumento salarial para todos.
Terceiro: reivindicamos também melhorias nas condições de trabalho.
Quarto: a categoria está reivindicando RESPEITO, o que significa o cumprimento da data-base, o respeito à negociação salarial, a discussão e a solução para diversos problemas que nos atinge, como superlotação carcerária, assédio moral, falta de funcionários, convocações excessivas, lentidão da LPT, descumprimento dos nossos direitos (como remoção por união de cônjuge), etc.
É disso que o governo e seus asseclas (defensores ou seguidores apaixonados, segundo o dicionário) têm medo: a categoria unida pode reivindicar com mais força, e mais capacidade de obter êxito.
Queremos aumento, sim. Claro. Mas queremos também muito mais.
Não deem ouvidos aos asseclas do governo, aos boateiros. Dia 6 de setembro, a categoria vai mostrar ao governo do que é capaz.
Se você ainda não reservou a sua vaga nos ônibus que o SIFUSPESP está disponibilizando nas regionais, não perca mais tempo. Ligue para a regional mais próxima e passe seus dados pessoais.
Ato público dos servidores do sistema prisional paulista: uma mudança de rumo para a nossa luta. Uma nova história se inicia. Apesar dos que torcem contra isso.