A capital paulistana já registrou neste ano mais de 1.070 homicídios, dos quais pelo menos 10% são policiais e agentes penitenciários. Neste domingo tivemos mais um companheiro covardemente assassinado: Juarez Benedito Ferreira Alves, 47, ASP que trabalhava na Penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos, foi vítima de dois bandidos em uma moto que dispararam vários tiros. Como nos outros casos de agentes penitenciários mortos neste ano, Juarez Benedito também estava de folga.
O que está acontecendo com os agentes públicos da lei em São Paulo é uma dupla violência: vítimas de criminosos, servidores do sistema e toda a sociedade também estão sendo vítimas da falta de ação efetiva do Governo Alckmin em dar a resposta adequada a esta onda de criminalidade que mais uma vez toma conta das ruas em São Paulo.
Enquanto o governo de Estado de São Paulo e o governo federal iniciam lentamente uma articulação em conjunto para desenvolver uma política de enfrentamento contra a INSEGURANÇA pública que se instituiu no estado de São Paulo, os agentes públicos da segurança, policiais civis e militares, agentes prisionais, guardas civis metropolitanos e etc..., continuam completamente à mercê das ameaças, agressões, atentados que ocorrem em número cada vez mais frequente e assustador. Os atentados contra os agentes da lei caracterizam-se pelo elemento surpresa e pela covardia com que são cometidos.
Exigimos que o governo do estado reconheça as agressões (óbitos ou não) contra os funcionários do sistema prisional como ATENTADOS (caso as investigações provem o contrário, descaracterize-se).
Dia 07/11 estaremos reunidos com a categoria na sede do SIFUSPESP em SP e pedimos a participação dos companheiros, pois a presença de todos será fundamental e somente assim poderemos discutir, debater, fazer propostas e, enfim, assumirmos compromissos e responsabilidades que são inerentes a cada um de nós.
Esclarecemos aos companheiros que apesar da relevância das chamadas mídias sociais (facebook, orkut, etc...), a participação efetiva nas reuniões, atos, manifestações, assembleias organizadas pelo sindicato se faz necessária e obrigatória.
Estaremos organizados, junto com a categoria, cobrando do governo estadual e federal que as decisões tomadas e que certamente são necessárias não coloquem ainda mais em risco a segurança dos funcionários do sistema prisional paulista.
Afinal de contas, se existem culpados pelo momento difícil e crítico atual, certamente não são os trabalhadores.