No dia de ontem (06/11) um policial penal flagrou um preso com falando em um micro celular durante o procedimento de revista.Foi ordenado que o preso entregasse o aparelho, o mesmo se negou e agrediu o Policial com uma cabeçada e uma mordida no braço.
Outros integrantes da equipe da unidade partiram em auxílio ao Policial agredido contendo o agressor e confiscando o celular.
Outros presos tentaram impedir a ação dos Policiais Penais que conseguiram conter o princípio de motim sem o uso de força.
Como já havia sido alertado pelo SIFUSPESP a unidade não possui estrutura adequada de segurança para um semiaberto masculino e sua proximidade com o parque da juventude só piora a situação.
Conforme informações obtidas pela imprensa do sindicato, o Parque da Juventude está servindo de base para os “ninjas” que buscam arremessar ilícitos para dentro da unidade.
O parque foi construído no terreno da antiga casa de detenção do Carandiru e faz divisa com a unidade prisional.
Arremessos, problema crônico nos semiabertos
As unidades de regime semiaberto são alvos constantes da ação de “ninjas” que tentam arremessar ilícitos para dentro das unidades, sendo os casos mais críticos a Pemano de Tremembé e o CPP de Mongaguá.
Em diversas ocasiões os “ninjas” já efetuaram disparos contra policiais penais que tentavam impedir suas ações.
Localização da unidade causa preocupação
Devido ao fato da unidade prisional fazer divisa com um espaço público, com grande circulação de pessoas e que abriga uma ETEC, a ação dos Policiais Penais na segurança externa fica prejudicada, pois nessas circunstâncias o emprego de armas de fogo para conter os criminosos gera risco às pessoas que transitam pelo local.
Improvisos prejudicam a segurança
Atualmente a Penitenciária da Capital, abriga 501 presos de regime semiaberto, parte dos quais estava no CPP Butantã, que foi reinaugurado sem as condições de segurança adequadas, o que resultou em um série de fugas e um motim.
A falta de segurança obrigou a SAP a transferir provisoriamente os presos para Franco da Rocha até que as presas da PFC fossem transferidas para o Butantã para que fosse feita a troca.
Embora a unidade de Santana possua muralhas, ao contrário da maioria dos semiabertos, suas deficiências estruturais e sua proximidade com equipamentos públicos fragiliza sua segurança e traz riscos aos Policiais Penais e à população ao redor,em especial ao frequentadores do Parque da Juventude e aos estudantes da ETEC de mesmo nome.