Quase cem servidores e seus dependentes realizaram um protesto no dia de hoje em frente à CEAMA em Presidente Prudente. A manifestação foi a forma encontrada pelos sindicatos de servidores para chamar a atenção para o descaso do Governo Estadual para com o IAMSPE.
Participaram da manifestação representantes do SIFUPESP, APEOESP,SINDSAUDE,AFFROPPE, SITESP, APAMPESP e da AFUSE.
Apolinário Leite Diretor de Saúde do Sifuspesp e um dos organizadores da manifestação explicou o motivo do protesto “Daqui a pouco mais de dois meses, faz um ano que foi retomado o atendimento ambulatorial do IAMSPE pela Santa Casa, de lá para cá nada avançou, para os milhares de servidores públicos da região de Presidente Prudente que contavam com uma expansão do atendimento” “Às promessas não foram cumpridas e os servidores ficaram no desamparo, muitos tem que se deslocar até a capital para fazer um exame” completou o sindicalista.
Já faz cinco anos que os servidores estão sem atendimento de pronto socorro. Como apenas o atendimento ambulatorial está disponível, os servidores e seus familiares têm três opções quando precisam de exames,cirurgias ou atendimento de urgência: pagar particular, se deslocar da região ou utilizar a rede pública.
Em 14 de setembro o Governador Tarcísio de Freitas visitou a Santa Casa e prometeu apoio a ampliação do hospital de forma a permitir a expansão de atendimento aos segurados do IAMSPE, até hoje a promessa não se cumpriu e os servidores continuam sendo privados de um serviço pelo qual são cobrados mensalmente.
O SindSaúde-SP acionou o Ministério Público Estadual que ingressou com uma ação civil pública que cobra a resolução do problema em até 180 dias, e uma multa de R$ 1 mil diária em caso de descumprimento. A ação cobra a suspensão dos descontos do convênio no holerite dos servidores , e a restituição de valores desde que os atendimentos de pronto socorro foram suspensos na cidade.
Governo não faz a sua parte
Quando o Governo Dória aumentou as contribuições dos servidores a alegação é de que com isso haveria melhora do atendimento, o que não ocorreu. Já o governo Tarcísio prometeu que haveria uma melhora no atendimento do IAMSPE, porém o governo não aumentou sua contrapartida ao instituto, sendo o mesmo sustentado quase exclusivamente pela contribuição dos servidores.
Duas reivindicações históricas dos sindicatos do funcionalismo público poderiam resolver os problemas do IAMSPE: que o governo contribuísse com uma quantia igual ao montante pago pelos servidores e que a administração fosse compartilhada por representantes do governo e representantes eleitos do funcionalismo.
Com estas duas soluções se resolveria os problemas de falta de verbas e se daria transparência à administração do IAMSPE.