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A greve de 2014 que paralisou 168 unidades e teve adesão de 80% da categoria trouxe conquistas importantes, porém a falta de uma liderança adequada que negociasse a não punição dos grevistas penalizou alguns dos guerreiros que dela participaram.

Embora o acordo tenha incluído a não punição pelos dias parados, uma série de processos administrativos de viés claramente persecutório foi impetrada em desfavor de vários servidores.

Geraldo Arruda, diretor do SIFUSPESP à época da greve, teve sua aposentadoria cassada depois de dois anos de aposentadoria.

Em razão da perseguição sofrida e da perda de 38 anos de contribuição previdenciária, hoje passa por problemas de saúde tendo que tomar medicamentos controlados.

Atualmente existe um projeto de anistia aos servidores punidos em razão das greves de 2014 e 2015 no sistema prisional paulista, tramitando no congresso nacional.O PL 1226 de 2019 de autoria do Coronel Tadeu

O projeto se encontra hoje na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) sob a relatoria do Deputado Nicoletti de Rondônia. Nicoletti participou do X Congresso extraordinário da Fenaspen e declarou que apoia a anistia.

Além dos servidores injustamente demitidos , vários outros servidores foram prejudicados em sua evolução funcional em virtude das punições sofridas em decorrência das duas greves.

Na época em que foram instaurados os processos disciplinares que redundaram na punição dos servidores não existia nenhum impedimento legal a greves no Sistema Prisional e portanto as punições foram uma forma de coagir a categoria a não lutar por seus direitos.

Recentemente uma reportagem do Jornal Gazeta de Votorantim destacou o caso de Geraldo e dos servidores punidos devido às greves, a reportagem entrevistou o Presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá que declarou a reportagem : "Na verdade, somos nós que encabeçamos o projeto para que eles [exonerados] possam retornar ao trabalho. Na semana passada fomos à Brasília e falamos com o deputado que assumiu a relatoria. Somos nós que estamos lutando, antes mesmo de eu entrar como presidente, em 2017. Uma injustiça que foi feita a eles e estamos tentando corrigir"

Outros sindicatos não se manifestaram 

A Reportagem da Gazeta de Votorantim também procurou os presidentes do Sindcop e do Sindasp mas os mesmos não apresentaram sua posição à reportagem do órgão de imprensa.

O SIFUSPESP se mantém firme na luta pelos exonerados

Conforme declarou Jabá o SIFUSPESP tem como um ponto de honra a readmissão dos servidores exonerados em razão das greves e a reversão de todas as punições. Segundo o Presidente do SIFUSPESP : “ A garantia da não punição dos trabalhadores que aderiram ao movimento deve ser a primeira preocupação de um dirigente sindical, os dirigentes dos sindicatos na época não fizeram esta condição constar do acordo e hoje nossa luta é para reverter esta situação.” “Desde que iniciamos nossa gestão tentamos reverter este erro, pois os trabalhadores devem se sentir amparados pelo Sindicato, este é nosso papel” completou Fábio Jabá.

Recentemente Geraldo Arruda participou da audiência pública promovida pelo deputado Reis onde enfatizou que sua punição assim como a dos outros grevistas é uma forma de coagir os Policiais Penais.

Você pode apoiar a luta dos Policias Penais punidos injustamente devido às greves através deste assinando a petição ao Deputado Nicoletti aqui https://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR139957

Confira o vídeo com entrevista de Geraldo ao VOTORANTIM VERDADE

 

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