Final de semana marcado por agressões a Policiais Penais é um alerta
A falta de funcionários e de condições de trabalho tem tornado o ambiente de trabalho cada vez mais perigoso para os Policiais Penais, neste final de semana foram dois princípios de motim e uma agressões e um princípio de motim.
Agressão e princípio de motim em Limeira
Uma das agressões ocorreu na Penitenciária de Limeira onde ocorreu um começo de motim com um dos detentos cuspindo e tentando atingir com um cabo de vassoura afiado o Policial Penal responsável pelo pavilhão quando o mesmo foi trancar, felizmente o Policial escapou ileso.
Ato contínuo os presos proferiram ameaças aos servidores :
“SE VOCÊ ENTRAR AQUI NO PAVILHÃO NÓS VAMOS PENDURAR VOCÊ NA GRADE IGUAL MORCEGO DE CABEÇA PARA BAIXO E UMA FACA NO TEU PEITO, AQUI É O PRIMEIRO COMANDO DA CAPITAL QUEM MANDA NESSA PORRA SOMOS NOS, A HORA QUE EU DER UM ESTALO ESSA CADEIA DE PAPEL VAI PRO CHÃO,FICA ESPERTO QUE VAMOS TE CATAR NA RUA SEU CUZÃO”
Após muito diálogo e negociação os demais presos retornaram para suas celas.
Segundo relato de Policiais Penais, os sentenciados estavam reivindicando regularização da água e melhora na quantidade e qualidade da alimentação.
A penitenciária de Limeira vem sofrendo problemas no abastecimento d’água e de redução na alimentação.
Estes problemas são agravados pela falta de efetivo e pela superlotação da unidade prisional que tem capacidade para 715 presos, mas atualmente com uma população de 1175.
Além da questão da água e da alimentação, o SIFUSPESP está apurando denúncias que dão conta que no pavilhão do semi-aberto a automação não está funcionando.
Na segunda-feira o GIR foi à unidade ajudar na remoção de 20 lideranças negativas que iniciaram o tumulto, a penitenciária de Limeira tinha ficado 5 anos sem necessitar de intervenção do GIR.
Princípio de Motim na PIII de Lavínia
No domingo 40 presos se recusaram a voltar para suas celas no raio 6, segundo os servidores o problema foi causado por desentendimento entre os presos.
O GIR teve que intervir na unidade e 59 presos acabaram removidos, nenhum Policial Penal foi agredido e a situação foi controlada.
Ocorrências cada vez mais comuns
Com estes dois casos são 14 casos de princípio de motim registrados pelo SIFUSPESP nas penitenciárias paulistas este ano e quase trinta agressões.
As unidades prisionais paulistas estão cada vez mais tensas devido a falta de condições materiais e escassez de Policiais Penais.
Conforme o SIFUSPESP tem alertado a deterioração das condições nas unidades, aliado ao baixo efetivo tem cada vez mais colocado em risco a vida e a integridade física dos policiais que trabalham nas carceragens paulistas.