Operação “Anjos da Guarda” cumpriu dezenas de mandados de prisão e de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal nesta quarta-feira(10). Investigação conjunta descobriu que advogados da facção transmitiam informações em código para criminosos fora do sistema prisional, visando a organizar ação
por Giovanni Giocondo
Uma operação conjunta deflagrada por policiais penais federais, o Departamento Penitenciário Nacional(Depen) - ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública - e pela Polícia Federal, frustrou o plano do Primeiro Comando da Capital(PCC) de resgatar líderes da facção presos em unidades prisionais de segurança máxima, todas elas sob a gestão do governo federal.
Foram cumpridos nesta quarta-feira(10) um total de 11 mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em diferentes endereços dos municípios paulistas de Presidente Prudente, Santos e São Paulo; Campo Grande e Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, além de Brasília, no Distrito Federal.
De acordo com as informações do Depen, a operação “Anjos da Guarda” já vinha sendo articulada há meses, período em que investigou a participação de inúmeros advogados que trabalhavam para o PCC.
Com base nessa apuração, os policiais descobriram que a chamada “sintonia dos gravatas”, formada pelos profissionais de direito, vinha se utilizando de códigos durante as audiências com seus clientes nas penitenciárias federais para transmitir aos criminosos do lado de fora do sistema prisional as informações sobre como se dariam as ações.
Entre os líderes da facção que poderiam ser alvo dos resgates estavam Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, Edmar dos Santos (Quirino), Cláudio Barbará da Silva (Barbará), Reinaldo Teixeira dos Santos, Valdeci Alves dos Santos (Colorido) e Esdras Augusto do Nascimento Júnior. O grupo de cabeças do PCC está preso em Porto Velho, capital de Rondônia, e em Brasília.