Cintia

Cintia Cristiane dos Santos Monteiro é Psicóloga e realiza trabalho voluntário de atendimento clínico para funcionários do sistema prisional na regional SIFUSPESP da cidade de Taubaté.
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Por Cíntia Cristiane dos Santos Monteiro, Psicóloga

 

Uma recente pesquisa do Ministério da Saúde com dados de 2017 mostra que o suicídio é uma realidade crescente em nosso país, o caso tem aumentado gradativamente e é a maioria dos casos de morte entre os jovens com menos de 20 anos.

Considerado um grave problema de saúde pública, pois em média, a cada 5 minutos uma pessoa se suicida em nosso país.

Apesar dos números tão alarmantes, o assunto ainda é tratado como um tabu. Evita-se o debate, o que só colabora para a ocorrência de novos casos.

O mês de setembro é considerado como marco da campanha de prevenção e leva o nome de Setembro Amarelo, o movimento Mundial para conscientizar a população sobre a realidade do suicídio e mostrar que a prevenção em mais de 90% dos casos Segundo a OMS.

E como é feita essa prevenção? Podemos rever a história do suicídio através da conversa, da desmistificação e apoio para que esse cenário seja revertido.

Para algumas pessoas em determinados momentos da vida, pensar na morte como a única saída para o sofrimento, talvez seja a única solução possível.

Podemos ficar atentos a alguns sinais alerta que possam ser emitidos:

  • Depressão/ melancolia: apresenta uma grande tristeza, desesperança e pessimismo com choro constante.
  • Falar sobre a morte ou de que não há razões para viver utilizando expressões do tipo “Nada Mais Importa"," não aguento mais"," melhor acabar com tudo”.
  • Preparativos para a morte: colocar os assuntos em ordem, oferecer bens/ objetos valiosos, fazer despedidas como não fosse, mas é rever aquelas pessoas.
  • Mudanças de comportamento acentuadas na atitude ou aparência
  • Comportamentos de risco com impulsividade e agressividade
  • Aumento do consumo de álcool drogas ou medicações.
  • Afastamento ou isolamento social
  • Apatia falta de energia Vital, falta de apetite.
  • Dificuldade nos relacionamentos seja na família ou nos grupos (escola, trabalho, etc.).
  • Baixo rendimento intelectual, desinteresse no que antes de trazer prazer/ satisfação.
  • Automutilação

Não tenha medo de falar sobre suicídio. Não fique com vergonha. Procure o serviço de saúde mais próximo de você. O que precisa ser feito esta conscientização sobre como lidar com o tema. Este é o momento para chamar a atenção daqueles que acreditam que suicídio é "coisa de gente fraca". Paremos de julgar e passamos a olhar com mais atenção para quem precisa de ajuda, o desejo de morrer já está associado a pensamentos de inferioridade, submissão e derrota. Quando você julga, culpa ou ofende só alimenta esse ciclo.

A campanha é em setembro, mas a luta é diária e constante.

Se você se sente mal ou tem pensamentos de morte converse sobre isso. Mesmo que a morte parece a única solução, uma conversa pode mostrar alternativas. Falar é a melhor solução.

 

Cíntia Monteiro, Psicóloga. Atende todas as semanas na regional do SIFUSPESP do Vale do Paraíba, fone: (12) 3629 4471

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