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Por Flaviana Serafim

Os policiais penais de escolta e vigilância (AEVPs) da base de Santana, na capital paulista, fizeram um abaixo assinado reivindicando um protocolo de luto para os casos de morte de servidores penitenciários, a exemplo do caso do policial penal Thiago Daquana, assassinado carbonizado em seu próprio veículo.

No documento, os policiais penais também querem uma resposta da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) sobre os motivos do responsável pela Coordenadoria da Região Metropolitana (Coremetro), Antonio José de Almeida, não ter autorizado o envio de uma guarnição de escolta para acompanhar o cortejo fúnebre, o velório e sepultamento de Daquana no último sábado (6). 

No documento do abaixo-assinado, os policiais penais salientaram que “toda a tropa sentiu total estranheza diante da negativa, haja vista que em casos anteriores tal solicitação nunca foi negada (...) Ontem foi o Daquana, amanhã poderá ser qualquer um de nós e esse sentimento de abandono e falta de acolhimento que sentimos por quem  nos comanda, também nos envergonha e humilha perante as outras forças de segurança pública”. 

Presidente do SIFUSPESP, Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, apoia a iniciativa do abaixo-assinado, mas defende a mobilização da categoria com unidade e organização para que ocorram mudanças efetivas. Para isso, o dirigente está organizando uma reunião com os policiais penais para definir uma pauta que contemple esta e outras questões enfrentadas na base de escolta de Santana, e colocou o Jurídico do sindicato à disposição. 

Jabá tem mantido contato cotidiano com a base desde a morte de Daquana, inclusive apoiando a família do policial penal. 

“Recebemos essa notícia com a mesma revolta. É preciso ter um protocolo sim e, com a  Polícia Penal, é a chance de criar, até porque precisamos ter uma resposta mais adequada em casos de assassinatos como o de Daquana agora e do Adriano Koch, no começo do ano”. 

Jabá completa que “a missão do sindicato é organizar a categoria, não podemos ficar com denuncismo. Existem reclamações, mas falta organização e o sindicato se coloca com toda a sua estrutura, inclusive de advogados, para poder resolver as questões da base”. 

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