Direção do hospital decidiu encerrar convênio com o instituto na última terça-feira(01), após não haver acordo sobre tabela de preços dos procedimentos médicos. Consultas e cirurgias já estavam suspensas desde 2019, e quadro é devastador para servidores da região que dependem do serviço. Diretoria de Saúde do SIFUSPESP segue percorrendo hospitais da região para tentar encontrar local que aceite novo contrato
por Giovanni Giocondo
A Santa Casa de Presidente Prudente, no interior do Estado, deixou de prestar atendimento de urgência e emergência a usuários do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual(IAMSPE) desde a última terça-feira(01). Em comunicado oficial, a direção do hospital informou o encerramento definitivo do convênio com o instituto.
As consultas eletivas e cirurgias já estavam suspensas há pelo menos três anos. Nesse período, não houve acordo entre as partes para atualizar os valores de tabela pagos pelos procedimentos médicos e, consequentemente, permitir a renovação do contrato.
Em 26 de novembro de 2021, a superintendência do IAMSPE chegou a reabrir o edital para firmar um novo contrato para prestação de serviços hospitalares na cidade, mas ainda não conseguiu encontrar interessados no atendimento
Sem o atendimento de urgência e emergência disponível, os milhares de servidores do sistema prisional da região de Prudente ficam em situação extremamente preocupante para terem acesso a uma saúde mais digna. Mensalmente, todos pagam valores que variam entre 2% e 3% de seus salários para custear o instituto.
Diretor de Saúde do SIFUSPESP e membro da Comissão Consultiva Mista do IAMSPE, Apolinário Vieira informa que tem participado de inúmeras visitas a diversos hospitais da região. O objetivo é convencer os gestores desses centros médicos a aderirem a um novo contrato o mais rápido possível.
“A Comissão tem feito a sua parte e colaborado nessa parceria com o instituto, mas infelizmente ainda não conseguimos encontrar um espaço que possa receber essa demanda tão reprimida dos servidores. A saúde dos trabalhadores da região de Prudente pede socorro, e seremos incansáveis nessa procura, porque simplesmente não há alternativa. Quem depende do serviço e paga por ele precisa ter atendimento”, reflete.