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Trabalhadores protestam contra atrasos na marcação de consultas, exames e cirurgias, além de reivindicarem investimentos por parte do governo do Estado no setor. No mesmo dia, mas em Presidente Prudente, diretoria de Saúde do SIFUSPESP participará de audiência pública para debater situação específica da região, onde falta de atendimento digno ao funcionalismo torna situação de trabalhadores e seus dependentes insustentável

 

por Giovanni Giocondo

Servidores públicos paulistas realizam na próxima quinta-feira(25), a partir das 10h em São Paulo, uma manifestação em defesa de atendimento digno da saúde do funcionalismo por parte do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual(IAMSPE). Eles também protestam contra a fila para cirurgias eletivas, e exigem mais agilidade na marcação de consultas e exames.

A manifestação também tem como objetivo reivindicar que o governo de São Paulo atenda a demandas reprimidas há anos dentro do IAMSPE, entre elas a contrapartida financeira de investimento na saúde do servidor, que atualmente destina 3% de seus salários mensais à manutenção do serviço, além da eleição de Conselho Fiscal, Administrativo e da escolha do superintendente do instituto com participação do funcionalismo.

O ato organizado pela Comissão Consultiva Mista(CCM-IAMSPE) acontecerá em frente ao prédio administrativo do instituto, que fica na avenida Ibirapuera, 981, na zona sul da capital. Os servidores também repudiam a aprovação do Projeto de Lei 770/2021, de autoria do deputado estadual Mauro Bragato(PSDB), que cria a Fundação Pró-IAMSPE, que seria vinculada à Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão.

Presidente da Comissão Consultiva Mista do IAMSPE, Guilherme Nascimento afirma que a manifestação é necessária porque a falta de atendimento aos servidores e seus dependentes é uma constante em todo o Estado. “Isso acontece devido à total inoperância da superintendência do IAMSPE, que não dá conta de gerir o instituto, e o resultado é essa situação caótica que se verifica nas regiões”, explica.

Nascimento prossegue ponderando que após ter elevado em 2020 a alíquota paga pelos trabalhadores para manutenção do atendimento  - por meio da aprovação do Projeto de Lei 529, o governo do Estado segue sem fazer nenhum aporte de recursos, o que colabora para esse caos, agravado pelo fato de as empresas terceirizadas que prestam serviços de saúde também não terem capacidade de fazer o atendimento, por falta de estrutura.

“Nesse sentido, o protesto será feito para que os servidores possam demonstrar que as coisas não podem mais continuar desse jeito, com o usuário sofrendo devido aos atrasos na realização de cirurgias, consultas, exames e outro procedimentos, ou mesmo por falta de atendimento em determinados locais”, ressalta.

Outros atos espalhados pelo Estado devem acontecer entre os dias 22 e 30 de novembro. De 22 a 26, as manifestações serão feitas em frente aos 17 Centros de Atendimento Médico Ambulatorial(CEAMAs) espalhados pelo Estado. Nos dias 29 e 30, haverá panfletagem e diálogo com os usuários no Hospital do Servidor Público Estadual, em São Paulo a partir das 9h da manhã.

Guilherme Nascimento também critica o projeto de Bragato, que para ele veio “fora de hora”. “Se existe alguém que pode definir se haverá uma fundação em prol do IAMSPE, esse alguém são os servidores representados pela CCM, não o parlamento”, define.

 

SIFUSPESP debate melhorias no atendimento do IAMSPE em Prudente e região

Também no dia 25 de novembro, o diretor de Saúde do SIFUSPESP, Apolinário Vieira, e o diretor-adjunto e coordenador da Comissão Consultiva Mista(CCM) Iamspe do interior, Luiz da Silva Filho, estarão em Presidente Prudente para participar de uma audiência pública que vai tratar especificamente dos problemas que envolvem os convênios do instituto com médicos laboratórios e clínicas nos municípios do entorno.

A audiência acontecerá às 19h, na Câmara Municipal de Presidente Prudente. O endereço é avenida Washington Luiz, 544, no Centro da cidade.

Para o diretor de Saúde do SIFUSPESP, Apolinário Vieira, Prudente e região vivem há anos um estado de calamidade no atendimento do servidor público que paga pelo serviço do IAMSPE, mas que não recebe em troca qualidade para os procedimentos de saúde dos quais necessita. A situação é ainda mais preocupante em função da incógnita que se tornou a renovação do contrato com a Santa Casa da cidade.

“O servidor não aguenta mais chegar ao hospital e não ter médico, ver sua consulta ser remarcada, ter de esperar meses e meses até ser submetido a uma cirurgia, porque a realidade que se aplaca sobre o IAMSPE é de falta completa de gestão que pense na humanidade do trabalhador e de seus dependentes”, afirma.

Para Apolinário Vieira, o sindicato tem insistido em dialogar com deputados, com a superintendência e em fazer a ponte com os servidores do sistema prisional para ouvir e relatar as queixas sobre os problemas no atendimento.

É por esse motivo que vai ao legislativo de Prudente, onde pretende apresentar aos vereadores e à população do município o drama que o funcionalismo tem vivido na região, além de ganhar apoio para obter sucesso nas reivindicações feitas junto ao IAMSPE.

Ao longo do último mês, diretores do SIFUSPESP têm percorrido os gabinetes dos deputados estaduais convidá-los para a audiência em Prudente e para pedir aos membros da Frente Parlamentar em Defesa do IAMSPE que convoquem para uma audiência da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa o superintendente do instituto, Wilson Polara; o diretor do Departamento de Convênios(DECAM), Antonio Jayme Ribeiro; e os diretores dos Centros de Atendimento Médico Ambulatorial(CEAMAs).

Para o diretor-adjunto do Departamento de Saúde do sindicato, Luiz da Silva Filho, é somente com a pressão sobre os gestores do IAMSPE por parte da Alesp e dos servidores que será possível avançar com as reivindicações urgentes dos funcionários públicos. “Saúde precisa ser prioridade, e no nosso olhar, não é dessa forma que o governo do Estado tem tratado aqueles que trabalham para atender à população”, ressalta.

Para o diretor da CCM-IAMSPE na região de Prudente, é preciso que quem hoje está no comando do instituto seja transparente e fale com os trabalhadores sobre o porquê o atendimento é tão ruim e como pode melhorar. “O sindicato e a CCM não descansarão até que recebam sinal verde dos parlamentares para participar dessas audiências. Queremos mudanças já, e elas começam com esse diálogo, onde os problemas de cada região poderão ser esclarecidos e as providências para cada um deles, adotadas”, explica.

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