Deflagrada nesta terça-feira (22), segunda fase da Operação “Jibóia”, cumpriu mandados de busca e apreensão, além de identificar suspeitos e oferecer denúncias de responsáveis por “sintonias” da facção que se alastra pelas prisões de São Paulo
por Giovanni Giocondo
Uma operação deflagrada nesta terça-feira (22) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual (MP-SP), em conjunto com a Polícia Militar, terminou com o cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva contra suspeitos de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC). Dois desses acusados cumprem pena na Penitenciária II de Venceslau e um continua foragido.
Esta é a segunda fase da ação batizada de “Jibóia” - iniciada em 2019 - e aconteceu nos municípios de Iperó, Praia Grande, Guarulhos e São Paulo, onde também foram efetuadas buscas e apreensões nos endereços apontados como de responsabilidade dos membros da organização criminosa, alguns deles apontados como mandantes de atentados contra autoridades públicas do Estado.
De acordo com informações fornecidas pelo MP-SP, na operação foram identificados e presos os responsáveis pelas chamadas “sintonias” do PCC, que são as “diretrizes” por meio das quais se atribuem as atividades de cada membro ou célula da facção.
Entre esses setores estão a “Sintonia Final da Rua”, com atuação decisória final e responsabilidade pelas principais diretrizes da cúpula que se encontra no sistema prisional; “Resumo Disciplinar Externo do Sistema”, com atribuição para realizar o julgamento dos integrantes da facção que estão presos; “Setor Territorial”, responsável por promover a expansão do PCC nos demais Estados; “Resumo do Progresso”, responsável pelo tráfico de drogas e “Setor do Raio-X”, que é o conselho composto pela liderança de cada setor.
Nas duas fases da operação Jibóia foram apreendidos mais de R$182 mil em dinheiro vivo, 15 kg de drogas, além de celulares e documentos diversos. O material permitiu que o GAECO oferecesse denúncias contra seis criminosos.