Por Flaviana Serafim

Uma tentativa de arremesso de drogas no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) "Professor Ataliba Nogueira", em Campinas, terminou frustrada pela ação dos policiais penais da unidade na madrugada do sábado para o domingo (24). 

O caso, ocorrido entre 2h e 3h madrugada, terminou com a prisão de homens não identificados, que tentavam fazer o arremesso do lado de fora do CPP, foram flagrados pelos policiais penais com apoio de viaturas da Polícia Militar e encaminhados à delegacia. 

Sem saber das prisões e da apreensão dos ilícitos, alguns detentos subiram no telhado, outros saíram do CPP na busca das drogas, usando facas e armamentos improvisados com ameaças e avançando em direção aos policiais penais, o que obrigou os servidores a ter que recuar até a portaria. De acordo com a denúncia recebida pelo sindicato, não foi possível identificar os presos envolvidos porque estavam com os rostos cobertos. 

Com cerca de 2.400 detentos e cinco torres de vigilância, o CPP tem grave déficit de servidores, com no máximo nove funcionários por turno, incluindo os da portaria e subportaria e, efetivamente dentro da unidade, no máximo quatro policiais penais. 

Como se não bastasse, apesar da busca dos detentos pelos ilícitos, as visitas foram liberadas normalmente no CPP neste domingo. Por isso, a direção do SIFUSPESP já está em contato com a Coordenadoria da Região Central do Estado para cobrar providências. 

“Nos semiabertos e progressões penitenciárias de todo o sistema prisional paulista, casos como esses são quase que diários e, mesmo com a situação tão grave, com a segurança em risco total, a SAP mantém o déficit de funcionários e também as visitas, inclusive nas cidades que voltaram à fase vermelha da Covid-19. Essa situação é inaceitável e o sindicato vai tomar as medidas cabíveis”, afirma Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, presidente do SIFUSPESP.