Medida permitirá emenda com feriados municipais antecipados na capital, e prevê suspensão de expediente de serviços não essenciais em todo o Estado, que já tem quase 70 mil casos de COVID-19 e mais de 5 mil óbitos, sendo 11 mortes de trabalhadores penitenciários
por Giovanni Giocondo
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou na madrugada desta sexta-feira (22), projeto de lei que antecipa, excepcionalmente, o feriado de 9 de julho para a próxima segunda-feira (25). Por 47 votos a 5, os deputados ratificaram a proposta do governador João Doria (PSDB).
O projeto tem como objetivo aumentar o índice de isolamento da população no Estado, considerada pelos cientistas e médicos a melhor forma de impedir a proliferação rápida e o aumento de contaminados pelo coronavírus, que vêm causando grande número de óbitos e sobrecarregando o sistema de saúde. Na quarta-feira(20), o índice ficou em 49% no Estado e tem sido maior nos feriados e domingos. O ideal é que alcance 70%.
A doença já matou 5.363 pessoas em São Paulo, com mais de 69 mil casos confirmados, de acordo com balanço divulgado pelo Secretaria Estadual da Saúde nesta quinta-feira (21).
Na capital, a suspensão do expediente normal da segunda-feira permitirá uma emenda com outros feriados municipais antecipados - Corpus Christi e Consciência Negra - e um dia de ponto facultativo, iniciados na última quarta e encerrados hoje. A estratégia da prefeitura de São Paulo é a mesma do governador, de elevar os índices de pessoas que ficam em suas residências e evitam os riscos de contágio.
No sistema prisional, o trabalho será suspenso somente para os servidores diaristas, permanecendo sem alterações para os demais. Até esta sexta-feira, o SIFUSPESP registra 11 óbitos e 143 casos confirmados entre os trabalhadores penitenciários, números que têm como base os exames encaminhados pelos próprios funcionários, familiares ou colegas. Já entre os detentos, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) registra 50 casos confirmados, com 12 óbitos.