Por Flaviana Serafim
O sistema prisional do Estado de São Paulo tem 65 servidores penitenciários com o coronavírus até este 30 de abril, conforme o levantamento que vem sendo feito desde a primeira quinzena de março pelo SIFUSPESP. Do total há 58 casos suspeitos e ocorreram três mortes até o momento.
A morte mais recente foi de Deisi Bertoli, de 55 anos, oficial administrativo da Penitenciária de Florínea, que faleceu na última segunda-feira (27), no Hospital Regional de Assis. Ela estava internada com dengue e também com os sintomas do coronavírus, e o resultado do teste feito pelo Instituto Adolfo Lutz confirmou a COVID-19 nesta quinta-feira (30).
No último domingo, o policial penal Moisés Marcos Braga, do Centro de Progressão Provisória (CPP) de Franco da Rocha, faleceu vítima do novo coronavírus aos 48 anos, depois de ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual Dr. Carlos da Silva Lacaz, de Francisco Morato. A primeira morte foi do policial penal Aparecido Cabrioti, da Penitenciária de Dracena, que morreu em 4 de abril, aos 64 anos. Ele estava de férias, passou mal depois de retornar de viagem, foi internado em isolamento na Santa Casa da cidade, mas não resistiu.
Os primeiros contágios confirmados pelo SIFUSPESP foram nos Centro de Detenção Provisória (CDPs) da Praia Grande e Americana, e também no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário, na capital paulista, e, desde então, os casos têm crescido diariamente, principalmente nas duas últimas semanas.
No levantamento anterior, divulgado pelo sindicato no último domingo (26), havia 35 casos confirmados e, em menos de uma semana, foram para 65 confirmações, um salto de quase 86%. Da mesma forma, os casos suspeitos eram 37 em 26 de abril, e nesta quinta (30) subiram para 58, um aumento de quase 57%.
> Confira os casos confirmados e óbitos registrados em cada unidade clicando aqui.
“O aumento dos casos é diário e isso não só mostra que não é uma gripezinha, é uma doença seríssima, e demonstra novamente o descaso da SAP porque há unidades prisionais que continuam sem equipamentos de proteção individual, sem insumos para assepsia, o que é gravíssimo. E onde há EPIs e álcool gel, o recado é claro à categoria - máximo cuidado e proteção, e jamais se expor a qualquer atividade de risco”, pontua o presidente o SIFUSPESP, Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá.
Entre a população carcerária de São Paulo, o mapeamento do Departamento Penitenciário Nacional confirma 11 casos, seis óbitos e outros 56 suspeitos.
Informe ao SIFUSPESP a situação de sua unidade
O sindicato continua acompanhando a situação de cada unidade e pede que a categoria informe os casos confirmados e suspeitos, bem como o fornecimento de EPIs e dos produtos de assepsia.
Envie mensagem para (11) 99339-4320 e (11) 99309-4589 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.