Por Flaviana Serafim
Com apoio logístico e jurídico do SIFUSPESP, dezenas de concursados montaram acampamento na manhã desta segunda-feira (9) em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo, de onde prometem sair somente se o governo estadual publicar as nomeações no Diário Oficial ou ao menos estabelecer formalmente um cronograma de chamadas.
“Esperamos que haja uma solução com urgência. Nós que estamos trabalhando sofremos com o déficit de servidores, pois cresceram as tentativas de fuga e agressões. Já houve até tentativa de homicídio de uma policial penal que ficou por horas refém de detentas. Precisamos da nomeação de ASPs e AEVPs porque o déficit cada dia cresce mais e estamos denunciando a situação aos deputados”, destaca Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, presidente do SIFUSPESP.
Fazem parte do acampamento de resistência participantes dos concursos de 2014 para Agente de Segurança Penitenciária (ASP) e de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVP), além de concursados de 2018 para área meio, e de 2017 para ASP masculino e feminino.
Do concurso ASP 2014 (edital 121/2014) da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), falta convocar 1.117 concursados. Do concurso de AEVP do mesmo ano não houve nenhuma convocação para preencher as 1.593 previstas no edital 154/2014.
No caso de 2017 para ASP masculino e feminino, o concurso está na 4ª fase, a de investigação social, mas a SAP não tem informações sobre a conclusão nem sobre previsão de quando ocorrem as nomeações.
“Fica o exemplo a quem está na ativa de que precisamos nos mobilizar. Fica o convite a todos, servidores da ativa e participantes de todos os concursos, pois a Alesp agora é o lugar da resistência”, reforça Jabá, completando que, aos que não puderem comparecer ao local, pode contribuir para manter o acampamento fazendo doações por meio de depósito ou transferência bancária a seguinte conta poupança:
Caixa Econômica Federal
Agência 4132 - Operação 013
Conta poupança 00016005-0
Risomar Dias Costa
CPF 113.112.248.82
“Agora é hora de nos unirmos. Aos que estão na ativa, fica o exemplo de que ainda nem entrou no sistema prisional, mas está lutando para poder entrar. É hora de lutarmos por nossos direitos, pois já fomos massacrados pela reforma da Previdência e agora é correr do prejuízo”, conclui o presidente do sindicato.