Por Flaviana Serafim
Cerca de 10 mil trabalhadores e trabalhadoras das forças públicas do estado de São Paulo protestaram nesta sexta-feira (27), na Praça da Sé, exigindo que o governador João Doria (PSDB) mantenha a paridade e da integralidade dos vencimentos entre os que estão na ativa e os aposentados e pensionistas.
A quebra de paridade no reajuste e da integralidade no valor do benefício entre aposentados e os trabalhadores da ativa foi cogitada por Doria em reunião com deputados estaduais, levando a reação das categorias das forças públicas.
O receio dos trabalhadores é de um “golpe” do governador, que é dar bônus e gratificação, que são benefícios só para quem está na ativa, em vez do reajuste salarial que tem que ser concedido também aos aposentados e pensionistas.
Os servidores penitenciários participaram da mobilização e o SIFUSPESP foi representado pelo presidente Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá.
O dirigente falou das condições enfrentadas pela categoria no dia dos presídios, expressou solidariedade e apoio à luta, ressaltando que a mobilização tem que se ampliar e ocorrer diretamente no Palácio dos Bandeirantes, caso o governador não cumpra a promessa de reajustar os salários das forças públicas até o próximo dia 31 de outubro.
Confira o vídeo:
Por isso, Jabá também conversou com várias lideranças das entidades das polícias e com deputados sobre a continuidade da mobilização e afirma:
“Temos que estar preparados porque, se não agradar a todos da segurança pública a proposta que João Doria enviar até dia 31 Assembleia Legislativa, vamos construir um ato em frente ao Palácio dos Bandeirantes e mostrar nossa força".
Da Praça da Sé, houve caminhada até a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), na Rua Líbero Badaró, região central da capital paulista, onde os manifestantes cobraram que o secretário da pasta, o general João Camilo Pires de Campos, descesse do prédio para dialogar. Nem o secretário e nem um representante da SSP-SP apareceram.
Entre outros parlamentares, o ato público teve a participação dos deputados estaduais Adriana Borgo (PROS), major Mecca (PSL), sargento Neri e coronel Nishikawa, além do senador major Olímpio.