Muitas competições, treinos, dificuldades superadas lesões e excelentes resultados na carreira esportiva do ASP PH
Paulo Henrique Vieira Martins, Agente de Segurança Penitenciária (ASP) e triatleta fechou o ano de 2018 com brilhantismo em suas participações nas competições. Dividindo a vida entre o duro trabalho no Centro de Detenção Provisória(CDP) de Capela do Alto e o treinamento - corrida, bicicleta e nado, o ASP afirma ser necessário ter dedicação e foco para vencer sua rotina.
Participou do Campeonato Mundial Multiesportivo, sediado pela a Dinamarca, e pedalou de Ondense até o Arco do Triunfo com a camisa de Agente Penitenciário. Paulo Henrique, conhecido também como PH, é mais um atleta que reverencia sua profissão, mostrando ao mundo a capacidade do profissional e atleta. Outra conquista foi sua participação no Campeonato Brasileiro de Triathlon. Obteve bons resultados não apenas nestas, mas em 20 competições das quais participou.
Segundo Paulo Henrique, o seu trabalho como atleta influencia de maneira direta no trabalho dentro da unidade prisional. Para ele, seu estilo de vida como esportista leva motivação aos companheiros de trabalho, não apenas como incentivo de prática de esportes e saída do sedentarismo, mas também como uma válvula de escape para aqueles que exercem a segunda profissão mais perigosa do mundo, segundo a OIT (Organização Mundial do trabalho).
Corajosamente expõe seu histórico de dependência química, já que utilizou o esporte como superação deste problema, comum na profissão de agentes penitenciários devido a natureza em si do trabalho, de tensão, ansiedade e estado de alerta. Além de enfrentar a superlotação e as péssimas condições de trabalho.
“Minha história é a prova de que podemos encontrar um escape de todos os pensamentos da dureza do trabalho dentro dos muros das prisões. Não apenas a cerveja ou as drogas e muitas vezes deixando a família de lado coisa, o que é tão comum na nossa área, a ponto de beirar a loucura. Conhecemos a realidade das altas taxas de suicídio da nossa categoria”, afirma.
O atleta afirma que atingiu seu auge em 2018, embora ainda muita haja coisa pela frente. Dedicação, foco, dieta, treinos, rotina rigorosa e abrir mão de diversas coisas para atingir os objetivos. Ele lembra o Mundial da Dinamarca, onde ficou em 17° lugar, mesmo tendo sofrido uma contratura lombar três dias antes.
“Depois da competição eu fui pedalando de Odense na Dinamarca até o Arco do Triunfo com a camisa de Agente Penitenciário. Cheguei no arco e levantei a bandeira da minha cidade, Itapetininga. Foram mil e duzentos quilômetros em nove dias, de mais de 20 competições eu só não estive presente no pódio em duas delas. Mas sempre mantive bons resultados”, conta.
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