Cinco presos fugiram do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) "Dr Rubens Aleixo Sendin" de Mongaguá às 18:30h deste sábado (22/12). Segundo relatos de servidores, saíram pela portaria e renderam um agente penitenciário com uma faca no pescoço. É o terceiro dia de tentativa e de fugas, tratando-se de ações seguidas. Lembrando que um agente de segurança penitenciária recebeu um tiro de raspão no dia 19/12 em um dos incidentes.
A ousadia de criminosos dentro da unidade prisional tem levado a ameaças verbais de mais fugas nesta unidade. O clima é tenso, mas as equipes de trabalho, ainda que com reduzido contingente profissional, encontra-se com redobrada atenção.
O CPP de Mongaguá tem sido alvo de bandidos que chegam armados em missão de resgatar presos. O presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, entrou em contato com a diretoria da unidade prisional de Mongaguá e com a Coordenadoria Regional. Segundo informação da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região do Vale do Paraíba e Litoral, Corevali, os mesmos teriam entrado em contato com a Polícia Militar que estaria oferecendo apoio com rondas e investigação na região do CPP.
“O que faremos é levar todas essas demandas para o novo secretário da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), Cel. Nivaldo Restivo. Todos os anos fugas em unidades de regime semiaberto acontecem, colocando a vida de agentes em risco. Os CPPs são unidades que necessitam de mais segurança e esta é uma demanda emergencial”, afirmou Jabá.
O caso de Mongaguá revela dois problemas fundamentais no sistema penitenciário paulista. CPPs sem muralhas e sem a presença de AEVPs. Sabemos todos que a presença dos AEVPs no sistema penitenciário paulista representa "fuga zero". Estes problemas são evidentes na unidade de Mongaguá, que situada em uma região de forte atividade do crime organizado, tem neste final de ano sido palco da ousadia da atividade criminal deixando em risco servidores públicos e a sociedade local.
Focos de atividade criminosa como estas que ocorreram recentemente, devem ser considerados de forma muito séria como problema prioritário pelas autoridades paulistas. A sociedade tem clamado por mais segurança.
Ademais, temos que considerar que a ousadia constante de criminosos sem o adequada ação de enfrentamento e ações de prevenção a futuros problemas como este, pode levar a um aumento generalizado de fugas e ações hostis em outras unidades. Nossa categoria está alerta e faz esta denúncia a sociedade paulista.
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