Grupo especializado em controle de situações críticas dentro de unidades prisionais encontra-se trabalhando em apoio ao governo federal para a retomada do controle da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo
O Grupo de Intervenção Rápida (GIR), da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, foi chamado para participar de uma missão federal, em Boa Vista, Roraima. O objetivo é que o Estado local retome o controle do sistema prisional roraimense à pedido da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, com a justificativa de “crise na gestão penitenciária, com presídios locais estão "à beira de um colapso".
Outras unidades federativas da União participam da intervenção, sendo o GIR representante do Estado de São Paulo na execução deste trabalho. A intervenção deve ser mantida até 31 de dezembro deste ano, quando se encerra o mandato da governadora Suely Campos (PP).
O Batalhão do grupamento paulista encontra-se na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, maior unidade prisional de Roraima. Segundo registros oficiais, Monte Cristo concentra os maiores problemas do sistema. Este ano, 2018, presenciou pelo menos quatro fugas em massa.
Trata-se de uma colônia agrícola construída para receber presos que cumprem pena em regime semi-aberto, entretanto o que se vê no local são presos em trânsito livre por todas as alas, em disputa de poder não apenas com o Estado, mas entre facções criminosas. O Primeiro Comando da Capital (PCC) tem forte presença na Penitenciária de Monte Cristo.
Além desses problemas, um tanto comuns aos olhos dos trabalhadores penitenciários de todo país, a unidade prisional sofre com superlotação, escassez no corpo funcional, falta de estrutura física para o abrigo de apenados são problemas característicos e que impedem que a Lei de Execução Penal seja cumprida ali de maneira adequada, tanto no que diz respeito a condições de trabalho para os funcionários, como em condições de habitação para os presos.
O GIR é considerado a “tropa de elite” do sistema prisional paulista, treinado para atuar em situações críticas como a subversão da ordem e da disciplina, motins e rebeliões em Unidades Prisionais e Centros de Detenção Provisória (CDP). Sua função é controlar revoltas nos presídios e apoiar os colegas que atuam no interior das penitenciárias.