No total, quatro servidores seguem sob o poder dos detentos em motim iniciado na noite de domingo na Casa de Custódia da capital do Paraná.

Pelo terceiro dia consecutivo, quatro agentes penitenciários seguem mantidos como reféns por detentos da Casa de Custódia de Curitiba após um princípio de rebelião deflagrado na noite de domingo, 01/07 em uma das galerias da penitenciária.

As negociações com os detentos haviam sido interrompidas na noite de segunda-feira e foram retomadas na manhã de hoje, mas ainda não há previsão para o fim do motim.

De acordo com informações do Departamento Penitenciário(Depen) do Paraná, 170 presos participam do motim na unidade, que tem capacidade para 500 sentenciados e comporta cerca de 600 atualmente. Os presos estão armados com facas de fabricação caseira e objetos pontiagudos de madeira, e mantém os servidores algemados.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná(Sindarspen) afirmou que outro agente que havia sido rendido pelos presos e se machucou durante a rebelião já foi liberado e está recebendo o apoio da entidade. Apesar dos ferimentos, ele não corre riscos.

O presidente do Sindarspen, Ricardo Carvalho, afirmou que os detentos estariam exigindo a presença de um juiz corregedor e de um advogado para negociar a rendição. O advogado já está na unidade e a equipe de negociação vem pedindo com frequência que os reféns sejam apresentados. 

Segundo o sindicalista, os servidores que permanecem sob o poder dos presos estão muito abalados mentalmente, mas não foram feridos. A expectativa é que com o avançar das negociações com os detentos, os três agentes sejam liberados até o final da manhã de hoje.

Ainda conforme informações do Depen-PR, a galeria onde acontece a rebelião está isolada e não há riscos de fuga.

O SIFUSPESP continuará acompanhando os desdobramentos desse caso e trará mais informações até que a situação seja controlada.