Presente na unidade desde o início do motim, diretores do SIFUSPESP acompanharam passo a passo dos desdobramentos do caso, que caminha para o fim nesta sexta após libertação de reféns
Foi controlada na tarde desta sexta-feira, 27/04, a rebelião promovida desde ontem por detentos na Penitenciária de Lucélia, no interior de São Paulo. Ao longo do dia de hoje, os três defensores públicos que eram mantidos reféns pelos presos foram sendo liberados e a ação, controlada mediante negociação conduzida por agentes penitenciários e policiais militares. Nenhum dos magistrados teve ferimentos.
A Tropa de Choque da Polícia Militar entrou na unidade para efetuar uma blitze, tentando encontrar eventuais contravenções em poder dos presos. Ao longo do motim, que está controlado, os detentos atearam fogo a colchões e promoveram a depredação do prédio. Os danos e responsabilidades decorrentes destes atos deverão ser averiguados pelas autoridades competentes.
Desde que a rebelião teve início, diretores do SIFUSPESP se dirigiram à unidade a fim de acompanhar o caso, atualizando as informações sobre o que acontecia dentro e fora da penitenciária. O tesoureiro Gilberto Antônio da Silva; o militante Otaviano Alves Filho e a diretora de base do município de Pacaembu, Cristina Telles, forneceram apoio aos servidores de Lucélia e colocaram o sindicato à disposição para qualquer auxílio posterior.
A presença dos diretores do SIFUSPESP no local e seu trabalho de apuração e publicação das informações em nossas redes colaborou para que os trabalhadores penitenciários, os defensores públicos e seus familiares, a imprensa e os órgãos governamentais pudessem acompanhar em tempo real os acontecimentos e assim estar a par de um possível desfecho, que felizmente não teve nenhum servidor ou magistrado ferido.
O Defensor Público-Geral do Estado, Davi Depiné, divulgou nota oficial após o fim da rebelião. No documento, ele agradeceu às equipes que conduziram as negociações com os presos e afirmou que, devido à gravidade do caso, fará com que a Defensoria “aperfeiçoe seus protocolos de atuação nos estabelecimentos prisionais, sempre em diálogo permanente com a Secretaria de Administração Penitenciária”.