Servidores conversaram com diretor de base de Marília que tem visitado as unidades prisionais da região dando seguimento ao projeto Diálogo com a base
A sede regional do SIFUSPESP em Marília, representada por seu diretor de base Luciano Carneiro, visitou a Penitenciária de Getulina nesta quarta-feira,14/03, com o objetivo de ouvir os trabalhadores prisionais e suas principais dificuldades dentro da unidade.
Os problemas relacionados foram levados para questionamento do diretor técnico Aldo Cristianini Ferreira, que respondeu cada um dos questionamentos.
O SIFUSPESP pretende estar presente para fiscalizar a melhoria da estrutura de trabalho fornecida a agentes penitenciários para a obtenção de possíveis melhorias.
Problemas apresentados
Segue uma lista das principais queixas e pedidos de melhorias para uma vida de trabalho mais digna. Assim pedem os trabalhadores penitenciários de Getulina:
Número de troca de plantão
Na unidade são permitidas apenas 4 trocas de plantão, entretanto o diretor da Penitenciária afirmou que segue uma determinação da Secretaria de Assuntos Penitenciários.
Chuveiro no vestiário
Os funcionários queixaram-se da ausência de chuveiros no vestiário, sendo de extrema importância para quem trabalha em um lugar de alta insalubridade. O diretor, neste caso, comprometeu-se a providenciar o mais rápido possível.
Ventilação
Outra queixa importante foi a falta de ventilação em toda unidade, principalmente nas gaiolas. Os poucos ventiladores existentes foram adquiridos pelos próprios funcionários. Segundo o diretor, ventiladores são tratados como “material permanente” e é necessário verba da SAP para a aquisição. A SAP não disponibilizou verba, o que significa que o problema da falta de ventilação continuará.Sala de descanso
Os agentes penitenciários de Getulina não possuem sala de descanso. Segundo o diretor, esta área está incluída em um projeto, mas não houve verba para ser colocado em prática.
Manutenção básica
Os funcionário queixam-se de que não é realizada uma manutenção básica da unidade. O diretor contra argumentou que a cozinha foi recentemente reformada e que a unidade está em constante manutenção.
Entretanto, durante a visita o diretor de base pode observar que o motor da revisora está quebrado, em consequência o funcionário é obrigado a empurrar um portão de peso enorme várias vezes ao dia, o que facilmente ocasionaria uma lesão. Também foi observado que a enfermaria possui parede e teto com diversas áreas de infiltração, aumentando a insalubridade e o risco de transmissão de doenças.
Não existe pintura recente na unidade de Getulina. A constante manutenção é questionável.
A principal resposta obtida pelo diretor de base do sindicato foi a ausência de verba para melhorias estruturais. O SIFUSPESP compromete-se a lutar por cada uma das queixas e questionar as alegações, não apenas na direção da unidade, mas na secretaria responsável.