Cinco presos fizeram três funcionários de reféns na Penitenciária de Valparaíso, interior de São Paulo, durante uma tentativa de fuga neste domingo (10/12). A situação foi controlada e os reféns liberados. O Grupo de Intervenção Rápida (GIR) foi acionado
Os sentenciados utilizaram um caminhão da Secretaria de Administração Penitenciária para tentar escapar pela portaria da unidade prisional. Agentes de segurança penitenciária (ASPs) e agentes de escolta e vigilância penitenciária (AEVPs) renderam os apenados e impediram a fuga.
Entenda o caso
A tentativa de fuga ocorreu quando dois funcionários foram fazer o “bate grade”, após os presos serem recolhidos nas celas e as trancas automáticas serem fechadas. Entretanto, cinco sentenciados ficaram escondidos na Escola do Pavilhão.
Primeiramente dois funcionários foram surpreendidos e rendidos e pelos presos. Depois, pegaram o chefe do plantão. Percorreram todos os setores da penitenciária com os reféns até tentarem passar pela portaria, mas não tiveram êxito.
Com a tentativa frustrada, um dos presos pegou um caminhão estacionado no pátio do
pavilhão para tentar e rompeu o primeiro portão. Os AEVPs que estavam nas
Muralhas, já de prontidão, atiraram e contiveram a fuga.
Os reféns foram soltos sem ferimentos, mas encontram-se emocionalmente abalados.
O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São
Paulo(SIFUSPESP) representado pelo ASP Otaviano Alves, colaborador da diretoria, foi até a unidade prisional para oferecer apoio aos funcionários.
Superlotação
A Penitenciária de Valparaíso encontra-se sob grave situação de superlotação. Com capacidade para abrigar 873 detentos, a unidade atualmente possui 2.203 presos.
Devido a essa situação, o SIFUSPESP pretende intervir por meio de ação judicial, a chegada de mais sentenciados à penitenciária de Valparaíso. Esse tipo de ação será movida pelo sindicato nas penitenciárias de todo Estado.
O SIFUSPESP ainda faz um apelo para que o governo do Estado inaugure com urgência as cinco penitenciárias da Região Oeste de São Paulo que encontram-se com o cronograma de entrega em atraso.
As novas unidades em Pacaembú, Lavínia, Nova Independência e Caiuá ajudariam a desafogar as demais penitenciárias da região, todas superlotadas.
O Sifuspesp continuará acompanhando o caso e sua repercussão.