Ato acontece no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, que enviou à Assembleia projeto de lei para congelar investimentos e salários até 2020
Servidores públicos estaduais se reúnem na próxima sexta-feira, 10/11, em um protesto contra o projeto de lei 920/2017, enviado pelo governador Geraldo Alckmin(PSDB) à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(ALESP). O projeto congela os investimentos feitos pelo Estado pelos próximos dois anos, o que inclui o arrocho salarial dos servidores, que já estão há mais de três anos sem reajuste de seus vencimentos.
A manifestação começa às 14h na frente do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e contará com a participação de integrantes do SIFUSPESP. Em manifestação conjunta com os servidores no último dia 27/10, o presidente do sindicato, Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, afirmou que os trabalhadores penitenciários estarão firmes na luta contra o sucateamento dos serviços públicos e das condições de trabalho dos funcionários.
“Podem contar conosco nas ruas de São Paulo para barrar esse projeto, pois ele tornará ainda mais insuportável o já tão difícil cotidiano dos servidores. Se já sofremos com os baixos salários e a péssima estrutura laboral, estaremos ainda mais condenados caso uma proposta que congela o repasse de recursos do Estado e torna ainda mais incipientes nossos vencimentos passe pelo crivo dos deputados. Por isso, é hora de lutar.”, ratificou.
O SIFUSPESP firmou parcerias com a APEOESP(Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) para levar até o ato caravanas vindas da Baixada Santista, mais especificamente de Caraguatatuba, e também de municípios da região metropolitana de São Paulo. Associados interessados em fazer parte da manifestação devem procurar o sindicato para se inscrever e vir até São Paulo.
Paralisação e ato contra a reforma trabalhista acontecem no mesmo dia
No mesmo dia, trabalhadores de diversas categorias prometem paralisar suas atividades em todo o Brasil com o intuito de repudiar a entrada em vigor da Reforma Trabalhista aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer(PMDB).
A reforma, que entra em vigor no dia 11/11, retira da população brasileira direitos históricos conquistados por meio da luta sindical, e pode pôr fim às férias remuneradas, ao 13º salário e à licença-maternidade, além de estender a terceirização às atividades-fim das empresas, o que estimula a precarização do trabalho e a redução dos salários.
O ato em São Paulo vai se concentrar na Praça da Sé, centro da cidade, a partir das 9h30, com uma passeata até a avenida Paulista.