12 anos depois da criação legal do cargo de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, finalmente os AEVPs vão passar a fazer a escolta efetiva de apenados. 500 AEVPs concursados já estão sendo preparados em curso de formação da EAP para realizar a atividade, e outros 500 serão convocados em breve.
“É uma conquista da categoria, sem dúvida. O cargo de AEVP foi criado em 2001 com objetivo de vigiar as muralhas e fazer a escolta de presos, mas até agora só fez a vigilância, pois a escolta continua a ser feita por policiais militares. Finalmente, os AEVPs vão poder exercer todas as suas funções”, lembra Gilberto Machado, Tesoureiro do SIFUSPESP.
Inicialmente os cursos de escolta são somente para novos agentes. No entanto, em reunião entre o sindicato e o secretário da SAP, Lourival Gomes assegurou que em um segundo momento os AEVPs antigos poderão optar por participar de curso de aperfeiçoamento para exercerem o trabalho de escolta.
E a estrutura?
Apesar da conquista, o sindicato se mostra apreensivo: "Não temos conhecimento de que a SAP esteja providenciando a estrutura correta para os agentes, que precisarão de veículos e armamento adequados, além do treinamento diferenciado que estão recebendo no curso de formação”, disse Gilberto Machado.
E mais: mesmo com a nomeação dos novos 1.000 AEVPs, o quadro desse pessoal ainda é deficitário no sistema prisional paulista. “Pode ser que essas contratações sejam suficientes para suprir a demanda de escoltas, mas ainda assim continuará a faltar AEVPs para a vigilância das muralhas. Nós do SIFUSPESP solicitamos um outro estudo que aponte realisticamente o número de AEVPs necessário no sistema, levando-se em conta fatores como licenças e férias dos servidores (quando se faz necessário ter trabalhadores para substituir). O secretário Lourival Gomes assumiu conosco o compromisso de realizar esse estudo, mas ainda não nos apresentou resultados”, encerra o sindicalista.
Foto: Diretores do SIFUSPESP conversam com alunos do curso de formação de AEVP. Junho/2013