Reportagem do JC Net (http://www.jcnet.com.br/
A recém-inaugurada Penitenciária Feminina de Pirajuí (58 quilômetros de Bauru) registrou seu primeiro motim. Por mais de 12 horas, cerca de 30 detentas teriam se recusado a voltar para as celas, além de provocar tumulto, danificar a unidade e ameaçar agentes penitenciárias. A reportagem apurou que a causa da revolta seria o regime de disciplina que elas têm que seguir no local.
O motim teve início na tarde de anteontem e só terminou ontem de manhã, após a ação do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) – força especial da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). Presas de um dos pavilhões se recusaram a voltar para as celas e exigiram a presença de uma diretora na unidade para entregar uma carta com reivindicações.
O JC apurou que as detentas, a maioria vinda da capital, estariam descontentes com a rigidez imposta pela Penitenciária, que estipularia horário para banho de sol e refeições, entre outras regras de convivência. Após a presença da diretora, e com a situação já controlada, algumas presas teriam tentado convencer colegas de outros pavilhões a se amotinarem.
As “indisciplinadas” teriam sido levadas para uma área de isolamento, o que voltou a gerar um clima de instabilidade na unidade. Elas chegaram a colocar fogo em cobertores e ameaçar agentes penitenciárias de morte. Revoltadas, as demais detentas teriam se amotinado e passado a arremessar objetos do interior das celas na direção das funcionárias.
Conforme apurado pela reportagem, algumas presas chegaram a fazer menção a uma conhecida facção criminosa. Ontem pela manhã, a equipe do GIR de Marília foi acionada para dar fim ao motim. Denúncias dão conta de que uma detenta chegou a ficar ferida durante a ação, mas sem gravidade. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a SAP.