Nesta semana infelizmente registramos o quinto assassinato de agente penitenciário paulista num prazo de menos de três meses. O SIFUSPESP está encaminhando a diversas autoridades do país uma denúncia sobre a situação de risco da categoria buscando, com isso, obter apoio para mudar este quadro de violência. Além disso, continua cobrando da SAP, da Secretaria de Segurança Pública e do Governo do Estado que se adotem providências urgentes para inibir novos crimes e punir exemplarmente os criminosos.
Ontem um grupo de diretores do SIFUSPESP esteve na Croeste numa reunião com o coordenador Roberto Medina para tratar do tema. O SIFUSPESP foi representado no encontro por Riomar Evangelista (Coordenador de Mirandópolis), Gilberto Antonio (Coordenador de Presidente Venceslau), Luiz Souza Ramos Filho (Diretor de Base de Caiuá), Márcio Linka (Diretor de Base de Caiuá), Apolinário (Diretor de Base de Martinópolis), Luiz da Silva Filho (Diretor de Saúde do Trabalhador) e Fábio Jabá (Diretor de Formação Sindical).
Roberto Medina explicou que tem total interesse de colaborar no que for preciso no sentido de determinar que sejam adotadas medidas severas nas unidades em que os servidores forem vítimas de violência. Entretanto, em relação ao assassinato de servidores do sistema, as soluções a serem adotadas precisam ser determinadas pela SAP ou diretamente pelo governo – as coordenadorias não têm competência legal para agir por conta própria.
No caso de agressões contra servidores, os diretores gerais das unidades da Croeste já foram orientados sobre como agir: 15 dias de tranca nos raios, corte de visitas, jumbos, sedex, TV e rádio – e no caso de ser encontrada a “Maria Louca” (bebida alcóolica produzida pelos presos), o raio deve ficar sem refrigerante por 15 dias.
PROBLEMAS PONTUAIS
Os sindicalistas se queixaram da regulamentação da DEJEP em vários pontos – entre eles, o artigo que exclui da diária servidores que respondem a sindicância ou processo administrativo. Isso tem sido motivo de muitas queixas nas unidades.
Foram abordados ainda alguns problemas pontuais das penitenciárias de Martinópolis, Mirandópolis, Junqueirópolis, Presidente Venceslau (I e II), Valparaíso e Lavínia (II e III). Ficou combinado que o sindicato enviará ofícios com as denúncias apresentadas, para que sejam investigadas e resolvidas.
"Temos tantos problemas nas unidades , falta de funcionários, superlotação, excesso de atendimentos, agora também estamos sendo caçados nas ruas. Este é um momento em que a categoria tem que unir forças, trazer o debate para dentro das unidades, reforçar os procedimentos de segurança dentro das unidades e a sua própria segurança fora dela. O governo até agora não respondeu à altura. Novamente ficará para a categoria (sem apoio nenhum deste governo) ter que vir para o enfrentamento, não agindo com emoção, mas dentro da lei e da razão, e construir um projeto onde principalmente nossa segurança e dos nossos familiares seja o foco principal", disse Fábio Jabá.