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Menos de um mês após um funcionário ser vítima agressão na Penitenciária de Iperó, a manhã desta quarta-feira (13) foi marcada por mais um registro de uma situação lamentável como esta. O que torna o fato ainda mais chocante é que este é o quarto caso de agente agredido nesta unidade somente esse ano.

Segundo informações obtidas pelo Coordenador Adjunto do SIFUSPESP na Regional Sorocaba, Geraldo Arruda, e o Diretor de Base Edigilb Garcia, a agressão aconteceu no momento de liberação dos detentos para o banho de sol.

Assim que soube do acontecimento, os sindicalistas se dirigiram para a unidade para prestar assistência ao agredido e saber mais informações.

Durante a conversa enquanto o servidor estava no ambulatório recebendo atendimento médico, o mesmo contou que foi agredido com socos e pontapés após liberar os presos do raio 3 para o banho de sol. Em consequência das agressões o ASP apresentava hematomas e esfoliações no rosto e na cabeça.

“Depois que falei com o agente agredido fui para a unidade e conversei com os demais funcionários. Presenciei um clima tenso entre eles. Os funcionários clamam por medidas duras para que este fato não venha a se repetir. Além de outros funcionários desolados afirmarem a falta de amparo ou apoio do governo”, relata Geraldo Arruda.

Ainda segundo os representantes do sindicato, os funcionários estão à espera de que a SAP e os órgãos competentes adotem medidas que coíbam ações como o relato desta quarta. Uma das providências aguardadas é a automatização das celas – que já foi solicitado pelo corpo funcional da unidade.

Os servidores também disseram que os presos são obrigados a agredirem os agentes como forma de retaliação às medidas disciplinares que são tomadas, como as blitzes que permitem detectar a existência de drogas, aparelhos celulares entre outras coisas ilegais nas celas. Além disso, da mesma forma que ocorre em todo o sistema prisional paulista, a Penitenciária de Iperó sofre com a superlotação carcerária: sua capacidade é de 767 detentos, mas atualmente abriga mais que o quádruplo deste número.

“Estivemos na unidade para prestar assistência ao agente agredido e reafirmar que o SIFUSPESP solicitará ao coordenador central e ao secretario da SAP alguma providência urgente para que novas agressões não aconteçam em Iperó ou outra unidade do estado”, afirma Geraldo Arruda.

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