O Estado de São Paulo há meses enfrenta um racionamento de água tardiamente confessado pelo governador Geraldo Alckmin. A Sabesp tem feito campanhas deconscientização, para que a população contribua economizando água. O precioso líquido tem faltado nas torneiras de milhões de paulistas. Enquanto isso, o próprio governo desperdiça água.
Nesta semana o SIFUSPESP foi procurado por um funcionário do CDP Belém II que, indignado, denunciou o desperdício de água que vem ocorrendo na unidade por pura e simples falta de manutenção dos equipamentos. Não raro falta água na unidade; e quando tem água, ela é irresponsavelmente desperdiçada – atitude que agrava a situação de racionamento e onera os próprios cofres públicos com a conta mais salgada.
Segundo a denúncia do servidor, “o fato é que há meses, nesta unidade, ocorre um desperdício tremendo de água”. Por falta de manutenção de baixo custo, “várias caixas d´água vazam 24 horas por dia, cada uma delas com o fluxo de uma torneira aberta”. O denunciante ainda avisa que o fato é corriqueiro: “não há sequer um dia que isso não ocorre”.
Quem trabalha a noite corrobora a denúncia, informando que no período noturno o desperdício é ainda maior. Isso por que as caixas d´água, depois de cheias, vazam interruptamente durante a madrugada”.
Os servidores da unidade contam que o problema é antigo, começou antes mesmo da seca e das medidas de racionamento. “Por não concordar com várias atitudes de desrespeito com a população em geral e também para comigo como cidadão, ainda tendo como agravante o "estado" como maior interessado, o infrator”, indigna-se o servidor.
“Tomo esta atitude de deixá-los cientes do fato para que tarde, porém em tempo, uma atitude seja tomada o mais rápido possível, do contrário me sentirei na obrigação de cidadão, levar o caso à imprensa, mas deixo bem claro que não é esta a intenção, e sim de resolver este problema que afeta diretamente a todos nós cidadãos. Água é vida, temos obrigação de preservar”.