Mais uma vez o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional recebe a informação de que um servidor foi agredido. Dessa vez, a vítima foi um agente penitenciário da Penitenciária III de Franco da Rocha. O caso teria acontecido na semana passada.
Segundo informações obtidas pela Diretora do SIFUSPESP Carol Cardoso, o ASP foi agredido durante a tranca por um dos presos que fazem parte do HCTP (Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico). O agressor desferiu uma sequência de socos no agente, que foi socorrido por outros funcionários.
No mês de abril o SIFUSPESP recebeu denúncias graves a respeito da PIII de Franco da Rocha, levou à SAP e recebeu resposta de que tomaria providências para melhorar a situação da unidade.
Vários presos são mantidos na área de medida de segurança, no entanto, de acordo com informações obtidas pela sindicalista do SIFUSPESP, muitos destes detentos não apresentam nenhum tipo de doença mental.
Relembre o caso DA PIII
A ala especial criada pela SAP na PIII de Franco da Rocha para abrigar custodiados que aguardam vaga no HCTP (lotado) foi tema de uma reunião entre representantes do SIFUSPESP e a Coordenadoria de Saúde no final de abril passado.
Diretores do SIFUSPESP estiveram na PIII de Franco da Rocha para constatar as denúncias dos servidores. Encontraram superlotação, falta de pessoal e um agravante muito forte, que é a inclusão dessa ala especial. “Os servidores não têm treinamento nem condições de cuidar ao mesmo tempo de presos comuns e presos especiais em tratamento psiquiátrico. Falta médicos, equipe especializada, falta tudo”, constatou o Diretor de Saúde Luiz Danone. O Diretor de Formação Sindical do SIFUSPESP, Fábio Jabá, também compareceu à unidade.
Luiz Danone disse que o caso é grave, e que medidas urgentes precisam ser adotadas para que novas “alas especiais” não sejam criadas em penitenciárias. “O governo vem adotando essa postura de fazer puxadinhos nas unidades sem aumentar o número de profissionais. Agora quer criar também alas especiais psiquiátricas porque não consegue dar conta da demanda dos HCTP. E o trabalhador é quem está pagando diretamente pela incompetência do governo. Não podemos aceitar mais essa carga extra de trabalho”, alertou o Diretor de Saúde do SIFUSPESP.