O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo enviou nota ao Jornal de Piracicaba que ontem publicou uma charge desinformada que denigre a imagem dos agentes prisionais perante a sociedade. O chargista do jornal desenhou um agente penitenciário sentado ao lado de uma cela superlotada assistindo televisão durante o expediente.
Diz a nota: “O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de SP repudia a charge que ilustra matéria sobre superlotação no CDP de Piracicaba. O trabalho de segurança penitenciária é de extrema responsabilidade e risco, situação agravada pela superlotação e falta de investimentos por parte do Governo. A imagem de um agente de segurança assistindo a TV durante o expediente não condiz com a realidade (não há televisão nesse ambiente de trabalho) e denigre a imagem da categoria perante o público que desconhece o trabalho sério e relevante dos agentes”.
A charge é um elemento de comunicação em que se usa o humor ácido, a sátira, a ironia, para criticar algo ou alguém. Quando vem acompanhada de uma reportagem, como foi o caso em que a matéria denunciava a superlotação no CDP de Sorocaba, ela tem função de reforçar a crítica feita na matéria, ou seja, a superlotação. Nessa tentativa o chargista foi extremamente infeliz: ao invés de criticar a superlotação (em consonância com a matéria), focou sua crítica no agente penitenciário, apresentando-o como um irresponsável que fica assistindo a TV durante o expediente, sem se importar com sua obrigação com a segurança da unidade prisional.
Para o Diretor de Comunicação do SIFUSPESP, Adriano Rodrigues, “ignorância do tema tratado, falta de respeito com a categoria, e falta de responsabilidade com o público leitor” (ao divulgar informação falsa) podem ser observados na infeliz charge, que resvalou para um humor nonsense completamente alheio ao assunto que deveria respaldar (o gravíssimo problema da superlotação carcerária denunciado na matéria).
O SIFUSPESP espera que o jornal, em respeito à categoria e em cumprimento à missão de todo veículo de comunicação de bem informar o seu público, se retrate e corrija seu erro prestando a informação verídica a respeito do trabalho sério e relevante dos agentes prisionais paulistas.