Ainda não se sabe se o CPP III de Bauru (antigo IPA) será ou não desativado. Ontem a diretoria do SIFUSPESP se reuniu pela manhã com o coordenador da CRN, Carlos Alberto de Souza, que repetiu o que já havia dito em agosto: a SAP não tem qualquer informação a respeito de uma possível desativação da unidade. No entanto, os dirigentes sindicais estão convictos de que há, sim, essa possibilidade, já que há uma forte pressão política local para que o terreno da unidade seja disponibilizado para outros fins, por conta da especulação imobiliária.
À tarde os representantes do SIFUSPESP participaram de uma mobilização promovida pelos servidores do CPP III. Os funcionários receiam ser transferidos para unidades em outros municípios. A orientação dada pelo sindicato é de que eles se mantenham organizados para agir de forma estratégica, junto com o sindicato, no sentido de cobrar antecipadamente que uma outra unidade seja construída em Bauru, para a qual possam ser transferidos – no mesmo molde que aconteceu em São José do Rio Preto, quando o IPA foi desativado.
“Conversamos com o coordenador da CRN e também com o secretário Lourival Gomes sobre esses boatos. Eles alegam desconhecer qualquer movimento do governo estadual no sentido de desativar o CPP III. Mas sabemos que essa decisão é tomada pelo governador, que está sendo pressionado politicamente para desocupar o terreno. Ou seja, tudo é possível. Por isso, alertamos os funcionários do CPP III para que não fiquem de braços cruzados esperando que o governo tome essa decisão. O SIFUSPESP vai atuar no sentido de cobrar do governo a construção de uma nova unidade em Bauru o quanto antes. E os servidores devem atuar junto”, comentou o Diretor do SIFUSPESP Gilberto Machado, presente na reunião da CRN e na mobilização dos funcionários ontem.
Gilberto Machado vai mais além: “A realidade é que o CPP III de Bauru está localizado em local privilegiado e ocupa um terreno muito grande. Pode até ser que não seja desativado agora, mas a especulação imobiliária vai continuar e uma hora algum governo vai ceder à pressão. É prudente agirmos já, pressionando o governo pela construção de uma unidade em Bauru em local mais condizente com a função de uma unidade prisional”.