Eudes Cristiano, conhecido como Bolacha, confessou tudo. Foi preso graças à investigação do Ministério Público que monitorou seus passos durante os últimos seis meses. De acordo com o delegado assistente seccional Marcelo Minari, “um inquérito será instaurado para garimpar todas as informações e suspeitas, saber se haviam outros envolvidos nessa missão de atacar agentes do Estado”.
Questão de segurança
Segundo o presidente do SIFUSPESP João Rinaldo Machado esse é o trabalho que os agentes esperam que seja feito pela Secretaria de Segurança Pública juntamente com a SAP. "O trabalho é de prevenção e tem que ser bem feito, pois com certeza foram salvos três companheiros, talvez outros que foram mortos poderiam estar vivos”.
No ano passado 22 agentes penitenciários paulistas foram assassinados. Neste ano já são seis mortos. "Fica fácil depois do acontecido colocar a culpa no acaso, esperamos que este trabalho se intensifique e que os mandantes que estão nas penitenciárias sejam descobertos e punidos, assim como esperamos a elucidação por parte da polícia civil dos assassinatos já cometidos", fala João Rinaldo
Na última semana o Presidente do SIFUSPESP esteve em Brasília para tratar de assuntos ligados aos servidores penitenciários. João Rinaldo, que também é vice-presidente da FENASPEN, informa que a entidade mantém a tentativa de colocar em votação a PEC-308. "Estamos lutando pela regularização do porte de armas junto ao Congresso Nacional. A presidente Dilma, sem conhecimento de como vive a nossa categoria e sem uma assessoria preocupada com o trabalhador, vetou por duas vezes esse nosso direito. Estamos trabalhando junto ao Congresso pela derrubada do veto", completou João Rinaldo Machado.
O contato diário com presos torna comum ao cotidiano do sistema o fato de agentes sofrerem ameaças dentro e fora das unidades prisionais. Assim, mesmo o porte de arma ainda é um tema polêmico entre os Agentes de Segurança Penitenciária, mas a aprovação da lei não obriga o servidor, apenas dá uma opção. "Temos que ter o nosso direito de possuir arma garantido. Isso não quer dizer que todos tenham que ter uma arma, quem não se sente bem possuindo uma, não precisa comprá-la. Direitos são sempre bom tê-los, se iremos usufruí-los é outra questão", avalia o Secretário Geral do SIFUSPESP João Alfredo.
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