Enquanto o preso cumpre sua pena e vai embora, o servidor do sistema prisional ainda cumprirá muitos anos de trabalho diário, dentro da unidade, sob pressão e em péssimas condições de trabalho. Todo este desgaste acaba se refletindo na vida pessoal. Há caso de servidores que se entregam ao alcoolismo, ao vício, se tornam agressivos ou com problemas familiares. A pressão é grande demais.
Nem sempre o servidor se sente bem em falar de seus problemas com a família ou com colegas de trabalho, e nem sempre conversar com amigos e familiares é suficiente. Sabendo disso e pensando na qualidade de vida do trabalhador, o SIFUSPESP disponibiliza aos seus filiados atendimento psicológico gratuito. "A procura ainda é pequena, mas traz resultados excelentes para quem busca a terapia", afirma Silvia Regina Mendes, psicóloga do sindicato.
Silvia também explica que é mais comum do que se pensa a necessidade de ter atendimento psicológico, mas ainda há muito preconceito. "Atendo pessoas sãs com problemas que todo ser humano pode ter. O apoio psicológico é muito importante, ainda mais para servidores do sistema prisional, pois eles vivem em um mundo à parte, em um isolamento".
Ser servidor do sistema prisional não é fácil. A profissão é tão absorvente que faz com que o trabalhador se torne quase um refém do próprio trabalho, na opinião da psicóloga Silvia Regina Mendes. “Quem entra no sistema não sai ileso. A perda da inocência é a primeira mudança. Muitos servidores acabam entrando em colapso e então começam os problemas como ansiedade, fobias, insônia, síndrome do pânico, TOC e mania de perseguição”.
O atendimento psicológico do sindicato acontece todas as quintas-feiras na sede do SIFUSPESP em São Paulo, que fica que fica na Rua Leite de Morais, 366 - Santana - São Paulo. Para fazer o agendamento o filiado deve telefonar para (11) 2976.4160.