Aconteceu mais um caso de agressão contra servidores da SAP. Desta vez com uma agente da Penitenciária Feminina de Pirajuí. No momento da tranca, uma reeducanda se negou a entrar na cela, empurrou a agente, derrubando-a, e desferiu dois chutes na costela. A agressão só terminou com a interferência de outras agentes que estavam por perto.
O caso aconteceu ontem pela manhã. Assim que soube, o Diretor do Departamento Jurídico do SIFUSPESP Wellington Braga, se dirigiu ao local. “Constatei a triste realidade que nossas profissionais estão submetidas na rotina das penitenciárias femininas, ou seja, nestes casos, não existe para as más cidadãs que se encontram sob a custódia do Estado (presas), no âmbito do sistema prisional paulista, uma “carceragem” diferenciada de RO (Regime de Observação), ocorrendo apenas o castigo da tranca coletiva e a inspeção completa das celas e pavilhões com o apoio logístico do GIR (Grupo de Intervenção Rápida)”, narra o sindicalista.
Sobre a agressão, foi elaborado boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Pirajuí e encaminhada para o exame de corpo de delito com fins de constar também na NAT – Notificação de Acidente de Trabalho.
No dia anterior a presa que cometeu a agressão, a reeducanda teve entrevista com a DCSD e pediu “bonde” para outra unidade.
“São tantas as mazelas e os infortúnios que o servidor penitenciário paulista vive no cotidiano de sua vida profissional, que vão desde execuções sumárias na porta de suas residências por disparos de armas de fogo exclusiva das Forças Armadas ou calibre de uso restrito (militares e policiais); abusos de autoridade cometido pelo mau uso do poder discricionário por despreparados nomeados nos cargos em comissão; até as agressões físicas e morais que nós os aplicadores da execução penal ficamos expostos, que só nos resta narrar o inenarrável: é implícita a conformidade de nossas autoridades eleitas, nomeadas e concursadas, e a “bandidagem” continua impune, impondo suas regras, e pior, delimitando o seu território, excluindo, por extremo absurdo, a ação do próprio Estado; com o sistema prisional paulista seguindo ladeira abaixo, abandonado a própria sorte e largado a banalização dos fatos”, comenta Wellington.