Todos os trabalhadores têm direito a descanso. No caso dos servidores do sistema, mais especificamente dos agentes, esse descanso ocorre durante uma hora na jornada, e deve ser usado para que o trabalhador relaxe um pouco da dura rotina de segurança em unidade prisional. Mas nem sempre a unidade oferece essa estrutura. É o caso da Penitenciária de Capela do Alto.
Ontem (7) o CDP de Capela do Alto e a Penitenciária de Capela do Alto receberam os dirigentes do SIFUSPESP João Rinaldo Machado (Presidente), João Alfredo de Oliveira (Secretário Geral), Gilberto Machado (Tesoureiro), Adriano Rodrigues (Diretor de Comunicação), Geraldo Arruda (Coordenador Adjunto de Sorocaba) e Ricardo Mesiano (Diretor de Base).
O problema de falta de funcionário foi registrado nas duas unidades. Mas o que chamou a atenção dos sindicalistas foram dois fatores observados na Penitenciária: a quantidade de agentes que já terminaram o regime probatório, mas ainda não foram confirmados pela SAP; e o espaço exíguo e desprovido de conforto no qual os servidores são obrigados a ficar no horário de descanso.
No primeiro caso, a direção da unidade confirmou que são muitos funcionários esperando a confirmação do fim do estágio probatório – alguns esperando há mais de ano. De acordo com os diretores da unidade que conversaram com os sindicalistas, o problema principal é a burocracia e também os documentos com erros desses servidores, que vieram de outras unidades com anotações erradas. Disseram que o Núcleo de Pessoal da unidade está trabalhando para corrigir esses erros.
Já em relação ao espaço inadequado para o descanso dos servidores, a direção negou que os funcionários sejam proibidos de sair da unidade em seu horário de descanso (para ficar no estacionamento, por exemplo), como foi denunciado. Disse que os funcionários são livres para sair, desde que não se ausente do espaço do prédio (por exemplo, não podem pegar o carro e ir para outro lugar).
“Tivemos informações desencontradas. Os funcionários afirmam que estão proibidos de ultrapassar a portaria da unidade no horário de descanso. A direção diz que não existe tal proibição. Vamos passar aos funcionários essa negativa da direção e dizer que eles podem, sim, ultrapassar a portaria e não precisam ficar confinados na saleta disponível para que descansem. Na próxima semana visitarei novamente a unidade para saber se o problema foi resolvido”, diz Adriano Rodrigues.