Cerca de 100 servidores representando 45 unidades prisionais participaram hoje da reunião da comissão de greve com a direção do SIFUSPESP. Os representantes das unidades prisionais puderam apresentar suas ideias e votar. A proposta vencedora foi a de que:
- 1)o SIFUSPESP vai participar da reunião convocada ontem pelo governo no dia 11 de março para discutir a pauta de reivindicações da categoria;
- 2)a proposta apresentada pelo governo será divulgada e discutida com a categoria em reuniões regionais;
- 3)no dia 19 de março ocorrerá nova reunião com a comissão de greve, onde será votado se a categoria vai ou não aceitar a proposta do governo;
- 4)foi deliberado ainda que, caso a proposta do governo seja rejeitada pela categoria, já está definida a data de 1º de abril para iniciar a greve.
Apenas um representante de Tremembé, Jenis Andrade, pediu para colocar em votação a proposta de o SIFUSPESP entrar em greve no dia 10, mas em seguida, retirou a proposta porque se disse contemplado pela fala do Presidente João Rinaldo Machado.
O advogado responsável pelo Departamento Jurídico do SIFUSPESP, Dr. Marcelo Vanalli, fez uma explanação sobre a lei de greve, os trâmites necessários, as punições possíveis aos grevistas, e as ações que podem ser feitas pelo sindicato a favor dos grevistas. Explicou ainda que, pela lei de greve, uma entidade sindical não pode convocar a paralisação das atividades se o processo de negociação está em andamento - neste caso, qualquer greve antes da reunião do dia 11 poderá ser considerada ilegal pela Justiça do Trabalho.
A votação teve uma única abstenção, nenhum voto contrário.
De modo geral, os representantes das unidades que se manifestaram disseram que os servidores estão insatisfeitos com o salário e com as péssimas condições de trabalho, e que uma greve séria, responsável, certamente irá mobiliza-los.
Gilberto Machado, Diretor do SIFUSPESP, conclamou a categoria a manter e até ampliar a mobilização dentro das unidades. “Vamos sair daqui vitoriosos. Somos cerca de 100 pessoas realmente interessadas em mudar a realidade da nossa categoria, que vem sendo pisoteada por este desgoverno paulista. Somos formadores de opinião. Nossa missão é esclarecer aos nossos colegas nas unidades sobre a necessidade que temos de lutar e unidos, para conseguirmos mudar a realidade”.