Com a inauguração de um novo complexo penitenciário em Capela do Alto, no dia 18 de março, integrantes do Conselho de Segurança (Conseg) de Capela do Alto reuniram-se na semana passada com o secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, para apresentar uma pauta de reivindicações dos moradores sobre a instalação das unidades prisionais. Foi solicitado aumento de efetivo policial e melhorias nos prédios da delegacia e da Polícia Militar, pois, segundo eles, os prédios estão em estado de deterioração avançada. De acordo com o presidente do Conseg de Capela do Alto, Nivaldo Daguano, o problema está no fato de as duas unidades prisionais - um Centro de Detenção Provisória (CDP) e um presídio masculino -, não apresentarem estrutura de funcionamento próprio. Segundo os membros do Conseg, o efetivo policial de Capela do Alto já é escasso para realizar escoltas diárias dos presos. Um dado alarmante apresentado pelo Conseg ao secretário Grella é o de que na cidade só há uma viatura da Polícia Militar disponível. Outro ponto é de que com o presídio em plena atividade o contingente populacional da cidade aumenta em decorrência dos familiares dos presos, resultando numa urgente estruturação e adequação da segurança da cidade por parte do Estado, destacaram na reunião. Como resposta, o secretário da Segurança Pública disse que analisará o pedido e tomará as providências em caráter emergencial. As duas unidades têm mais de 50 celas cada, com capacidade total para 1.536 presos. Serão priorizadas pelo governo, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) do Estado, presos de Sorocaba, Tatuí, Itapetininga e São Roque. Esse complexo penitenciário de Capela do Alto faz parte de um projeto de ampliação dos presídios em todo o estado, que possui mais de 200 mil detentos atualmente. Um levantamento feito pela SAP, em 2012 e 2011, constatou um aumento da população carcerária em 18%. O CDP vai abrigar presos provisórios, que aguardam julgamento, e a penitenciária, os que já foram condenados. O plano de expansão de unidades prisionais pretende zerar presos nas cadeias. O complexo penitenciário fica a 8,5 quilômetros do centro de Capela do Alto. Devem trabalhar 266 funcionários no CDP e 271 na penitenciária, que serão contratados por concurso público ou transferidos de outras unidades. Ambas as estruturas foram construídas com oito raios habitacionais, onde se localizam as celas e os pátios de atividades. Cada raio tem capacidade para abrigar 96 detentos e conta com um pátio de sol exclusivo. Para impedir a entrada de objetos não permitidos, as unidades estão equipadas com detectores de metais de alta intensidade e sensibilidade e aparelhos de raios-x. As transferências de presos começaram no final do mês de março, logo depois da inauguração do complexo.
Marcos Fellipe – Maxmidia Imprensa & Comunicação
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Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul