Uma Agente de Segurança Penitenciária (ASP) foi agredida por volta das 18h desta terça-feira (29/09) no Pavilhão 2 da Penitenciária Feminina de Santana. A ASP, que entrou na SAP em dezembro de 2014, recebeu um soco no rosto da presa. O Grupo de Intervenção Rápida (GIR) realizou blitz na unidade nesta quarta (30/09). A presa agressora foi encaminhada para o castigo. No entanto, não houve tranca. Apenas foram proibidos o jumbo e o sedex no pavilhão.
O diretor de Formação do SIFUSPESP, Fábio Jabá, visitou a unidade para averiguar os fatos e prestar apoio às funcionárias. “O déficit de servidores na Penitenciária Feminina de Santana, como em todo o sistema prisional, é absurdo. Quem pagando pela má gestão do sistema é o funcionário que, além de ser sobrecarregado com o trabalho, fica vulnerável a agressões como esta”, afirma Fábio Jabá. “O SIFUSPESP está à disposição para prestar o apoio a servidora agredida e a todas as outras funcionárias da unidade”, completa o diretor de Formação.
“Estamos construindo uma pauta espefícica da Penitenciária Feminina de Santana, junto com o corpo funcional da unidade. A PFS é uma unidade complicada, pois mantem o modelo antigo, com 2 alas por pavilhão, com 5 andares cada ala e 44 celas por andar”, explica Fábio Jabá. A pauta será discutida com a diretoria da unidade, com o novo coordenador da COREMETRO e com o secretário Lourival Gomes.
No começo de setembro, foi divulgado um vídeo com presas consumindo drogas dentro do Pavilhão 3 da mesma penitenciária. Pela primeira vez, uma presa foi encaminhada para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). O SIFUSPESP pediu a automação da unidade, a implantação do regime de contenção feminino e a instalação de scanners corporais, conforme noticiado (http://www.sifuspesp.org.br/index.php/materia-1/3381-sifuspesp-visita-penitenciaria-feminina-de-santana-para-apoiar-servidores.html). A pauta também inclui o fim da siftuação de empréstimo das funcionárias sem escolha de vaga em Santana, situação semelhante de muitos ASPs em outras unidades.