O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo enviou ofício à Corregedoria da SAP e ao secretário Lourival Gomes na semana passada, relatando graves denúncias contra a administração da Penitenciária de Valparaíso. A intenção do sindicato é fazer com que os fatos sejam rigorosamente apurados, pois comprometem o bem estar do trabalhador e a própria segurança da unidade.
Segundo a denúncia feita ao sindicato e encaminhada às autoridades por meio de ofício, a revista íntima na Penitenciária de Valparaíso não é feita dentro das regras de segurança. As visitas não fazem agachamento e passam pelo detector de metais usando roupas íntimas. Isso acontece, segundo os funcionários, por ordem da direção da unidade – mesmo que em desacordo com o protocolo estabelecido pela SAP, razão pela qual a Corregedoria foi notificada para que atuasse.
As câmeras de vigilância instaladas na quadra da unidade fornecem imagem sem nitidez. Por outro lado, a vigilância em cima dos funcionários é rígida: há câmera escondida o setor de manutenção e há, segundo denunciam os funcionários, uma escuta instalada na galeria da unidade com o propósito de gravar as conversas entre os servidores.
Outro problema, de acordo com os trabalhadores, é a excessiva centralização do Diretor Técnico III, Paulo Coutinho. Pelo que dizem, o diretor não aceita a opinião de ninguém e age de forma distante e insensível com a equipe. Citam, por exemplo, que no dia em que houve a explosão que feriu gravemente um servidor na unidade no início de uma manhã, o diretor só desceu para o local às 15h e assumiu um discurso de que o servidor ferido tinha sido responsável pela explosão. Demonstra, assim, falta de companheirismo e insensibilidade para estar no comando de grupo.
Confira aqui o ofício enviado tanto para o secretário da SAP quanto para a Corregedoria.