A falta de estrutura nas unidades prisionais não é novidade para ninguém. As condições precárias de trabalho muito menos. Entretanto, algumas coisas fogem da realidade que esses servidores e até mesmo os presos podem aguentar.
O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo recebeu uma denúncia grave relacionada à PIII de Franco da Rocha. Além da superlotação de presos e do déficit de funcionários, os agentes da penitenciária precisam lidar com pessoas portadoras de transtornos mentais condenadas por crimes.
No entanto, não existem enfermeiros ou médicos na unidade que possam medicar corretamente e esses presos acabam sofrendo surtos. Sem contar que os servidores, que não são preparados para atender a criminosos com transtornos mentais, nem sempre conseguem distinguir quando é um princípio de tumulto ou apenas mais um preso tendo ataque.
Contudo, essa não é a única preocupação. A unidade está recebendo diariamente presos provisórios e de medidas preventivas sem ter condições para mantê-los no local.
Diante da gravidade das denúncias, diretores do SIFUSPESP irão para a unidade nesta semana para conversar com os funcionários e a direção da unidade, e apurar o que de fato está acontecendo para que possa tomar as medidas cabíveis. Além disso, também providenciou o agendamento de uma reunião na Coordenadoria de Saúde da SAP para tratar desse assunto.